FIGURAS DO JOGO:
Rúben Neves

Apesar de todos os condicionalismos, o menino foi capaz de segurar as pontas e unir a equipa até ao fim. Começou a fazer par com José Campaña, no meio-campo defensivo, mas com as duas expulsões passou a ser um verdadeiro trinco. Lutou, recuperou várias bolas e nunca perdeu o discernimento. Ainda lançou Cristian Tello duas vezes, mas o avançado espanhol decidiu sempre mal. Por tudo o que este jogo envolveu, Rúben merece esta menção especial, até por ter acabado o jogo em grandes dificuldades físicas. Um campeão.  

Helton
Naquele estilo de aparente despreocupação, mesmo com a casa a cair, o experiente guarda-redes foi capaz de manter os colegas à tona. Largou algumas bolas, hesitou noutras e compensou tudo isso com muitas e boas intervenções. Só de penálti o Sp. Braga o abateu. Levou os Guerreiros do Minho ao desespero com uma mão cheia de defesas excelentes.

Leia a Crónica do Jogo

MOMENTO: FC Porto reduzido a nove jogadores
O cartão vermelho a Evandro, aos 40 minutos, deixou o FC Porto com menos dois atletas do que o Sp. Braga. E o banco de suplentes explodiu. Julen Lopetegui foi dos mais exaltados, depois da decisão mais do que duvidosa de Cosme Machado. No estádio não foi possível perceber o que se passou, em rigor. As informações que recebemos apontam para algum exagero do árbitro. Evandro pontapeou uma bola presa nas pernas de Pedro Santos, mas o lance não pode (ou não deve) ser considerado uma agressão. É, pelo menos, um lance que levanta grande polémica. E dúvidas.

Diego Reyes e Evandro
Foram expulsos na primeira parte e deixaram a equipa em preocupante inferioridade numérica. Reyes precipitou-se na falta sobre Zé Luís e pagou bem caro. Nada a dizer sobre o seu segundo cartão amarelo. O mexicano tarda em sossegar e em sossegar a equipa. O caso de Evandro é distinto. O vermelho direto parece-nos exagerado, embora o lance seja passível de discussão. O médio fizera antes, de penálti, o único golo do FC Porto.

Alan
O mais competente do lado dos Guerreiros. Pediu a bola, tentou jogar sempre bem e marcou com qualidade a grande penalidade. Exemplar, numa noite de pouca inspiração coletiva.

Rafa Silva
Lançado ao intervalo, o médio/extremo elevou o nível do Sp. Braga e teve muito perto de marcar. Helton fez uma grande defesa aos 79 minutos.

Salvador Agra e Pedro Santos
Intensos, entusiasmados e mal na forma como decidiram o último passe. Agra recuou para lateral na segunda parte, manteve a dinâmica até ao fim, mas faltou-lhe sempre qualquer coisa. Fizeram coisas interessantes, só que é preciso mais.

Cristian Tello
Não pode falhar o que falhou aos 80 minutos. Continua a mostrar deficiências surpreendentes no remate e no derradeiro passe.

Gonçalo Paciência
Estreia absoluta, ganhou uma grande penalidade, lutou muito e foi substituído quando o FC Porto já tinha menos dois jogadores.