FIGURA: Junya Tanaka
12 minutos, uma falta conquista e um golo com tanto de belo como de importante. Tem quatro jogos na Liga e 38 minutos de utilização. Depois disto, como é que Marco Silva passará a rentabilizar o japonês que, em circunstâncias normais (com Slimani), nem devia ter jogado em Braga.

MOMENTO: disparate de João Mário, 55 minutos
Vamos por assim as coisas: um iniciado teria feito golo, nas mesmas circunstâncias, com o pior pé. João Mário só tinha de encostar e atirou ao lado. Um momento para ser eternizado no you tube, Curiosamente, a partir daqui o Sporting pegou nas rédeas da partida e criou boas ocasiões para marcar.  

É óbvio que o momento decisivo é o golo de Tanaka, mas o desperdício de João Mário justifica este espacinho de destaque.

Nani
Um patamar, talvez dois, acima de todos os companheiros de equipa. Gerador crónico de preocupações para Baiano e restantes arsenalistas. Imparável no momento de fugir da esquerda para o meio e rematar. Aos oito, 27 e 31 minutos testou a pontaria e obrigou Matheus, no último destes casos, a fazer uma defesa gigantesca. Ganhou faltas, contagiou a equipa, é um executante à parte no leque de opções de Marco Silva.

Matheus
Corajoso, elástico, um guarda-redes de enorme qualidade. Roubou duas vezes o golo a Nani, sempre com intervenções de elevado nível de dificuldade. Uma bela descoberta da prospeção arsenalista.

Paulo Oliveira
Duelo duríssimo com Éder. Nem sempre ganhou, longe disso, mas foi o defesa do Sporting mais concentrado e fiável do princípio ao fim. Bem colocado, mais agressivo, cortou tudo o que lhe foi possível, principalmente pelo ar. Se o compararmos com Maurício merece ainda mais elogios. É, por estes dias, o melhor defesa central do Sporting.

Pardo
Quantas vezes passou por Jefferson? Uma mão cheia de ocasiões, duas? Bem, quando o colombiano se vira e arranca torna-se imparável. Teve esse mérito e outro. Soube servir muitas vezes os colegas mais atrasados para o remate. É um avançado poderoso e atravessa um período de especial fulgor. Só não podia ter falhado o golo aos cinco minutos, após uma saída horrível de Rui Patrício. Precipitou-se e a bola bateu na barra.

Rui Patrício
Fez duas ou três boas defesas, sim, mas isso é o mínimo exigível para um guarda-redes internacional. O pior foram as precipitações. Tantas e tão incompreensíveis. Saiu mal da baliza, largou bolas fáceis, enfim, noite estranha para o guarda-redes do Sporting. Salvou-se da nota negativa depois de um voo monumental a evitar o golo de Pardo, logo no início da segunda parte.  

Pedro Tiba
Pulmões, cérebro, pernas, tudo a funcionar corretamente neste excelente médio. Muito bem a auxiliar Danilo no processo defensivo e a desencadear depois a transição rápida. O fôlego interminável permite-lhe fazer piques constantes e surgir regularmente em zonas de tiro. Ótimo jogo.    

Djavan
Fantástico a atacar, menos bem a defender. Com a bola colada no pé esquerdo, em progressão, é fantástico. Tem é de perceber melhor os movimentos do opositor direto. Falhou algumas vezes no acompanhamento.