Rui Miguel é português, joga no Kilmarnock e já defrontou esta época o Glasgow Rangers duas vezes. Conhece, por isso, como poucos o adversário do Sporting na Liga Europa. E deixa um alerta aos leões: «Cuidado com os primeiros 15 minutos! Eles entram sempre muito fortes, na tentativa de começar a resolver o jogo o mais cedo possível.»

Não é só a qualidade intrínseca da equipa o factor a levar em linha de conta. As bancadas intermináveis do Ibrox Park fazem parte do jogo e empurram os jogadores para o meio-campo contrário. «Os adeptos são um estímulo forte para os jogadores. A equipa é forte, sobretudo do ponto de vista físico», explica Rui Miguel, citado pela sua assessoria de imprensa.

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Para o jogador português, há três nomes que se destacam na formação protestante: Diouf, Weiss e Bougherra.

«Eles contrataram agora o Diouf, que é um avançado bem conhecido, e têm um checo que, para mim, é espectacular. Chama-se Weiss e está emprestado pelo Manchester City. É muito rápido e bom tecnicamente. Na defesa, há um jogador que aprecio, que é o argelino Bougherra», enuncia, antes de dissecar aquele que são, no seu entender, os pontos fracos do adversário do Sporting.

«O outro central, o David Weir, já tem 40 anos. O posicionamento dele é irrepreensível, mas em velocidade sente muitas dificuldades. O Rangers até tenta praticar um futebol elaborado, mas o Sporting, se jogar com concentração e inteligência, pode obter aqui um resultado que lhe abra boas perspectivas na Liga Europa.»

O Kilmarnock perdeu nas duas vezes que visitou Ibrox. 2-1 para o campeonato e 3-0 na Taça da Escócia.