Os jogadores e o presidente do Sporting. Uns e outros dizem-se indignados com notícias que, segundo argumentam, afectam gravemente o clube.

Posso ter andado distraído, mas não li nos últimos tempos nada que possa incomodar uma equipa. Aliás, as notícias dos jornais só são graves e criam complicações quando são verdadeiras e era suposto ficarem guardadas ou quando permitem que se instale a dúvida no grupo.

Neste caso, se é como jogadores e presidente dizem, não pode haver dúvidas. Se as tais alterações ao regulamento não existem e se tudo é harmonia no balneário, então onde está o problema?

Ameaçar, como faz o presidente do Sporting, que «quem desrespeitar o bom nome do Sporting e dos seus profissionais ficará privado de entrar nas instalações do clube» é receita antiga e que nunca venceu campeonatos.

O que o Sporting precisa, e depressa, é de provar em campo que pode competir com o Olhanense, o Nacional, o V. Guimarães e a U. Leiria. A seguir terá de começar a olhar para Sp. Braga e Benfica e por último encarar o F.C. Porto. Esse é o problema. Aliás, diria que é mesmo o único. De tão grande, deveria ofuscar tudo o resto. Estes números só funcionam quando se consegue ganhar no relvado, diz-nos a história.

P.S.: Ao longo da minha carreira de jornalista, já vi alguns jogadores no papel que Daniel Carriço representou este domingo. E achei sempre o mesmo: a escolha de futebolistas para ler comunicados raramente resulta bem. Por manifesta falta de sentimento e autenticidade. Como neste caso.