Há problemas de comunicação no Sporting.

Primeiro, com o que quis comunicar e a forma como o decidiu fazer, com a escolha, polémica pelo menos, de determinadas imagens.

Depois, a forma como reagiu à notícia do «Público», com a afirmação de que «aquando das vistorias efectuadas, quer pela Liga de Clubes quer pela UEFA, não só foram aprovadas como foram elogiadas as novas imagens dos corredores dos balneários». O que foi desmentido, primeiro pela Liga, e, aparentemente agora, com o pedido da UEFA para que as mesmas sejam «retiradas ou cobertas» pelos responsáveis do clube de Alvalade.

Entretanto, veio a proibição, não inédita, de um jornalista entrar no clássico com o FC Porto. Tudo somado, os leões ficam mal na (s) fotografia (s).

O Sporting tem manifestado ao longo desta época, que agora chega a meio, momentos de intolerância a opiniões legítimas e notícias desfavoráveis, mostrando um nervosismo latente que não se entende. Embora os que as tomam pareçam pensar que são manifestações de força, quem vê sente sintomas de fragilidade. Uma gestão serena e coerente ajuda a equipa, outra que incendeie à primeira faísca só aumenta, em teoria, o seu nervosismo.

É verdade que a notícia não cai à 14ª jornada por acaso e outros balneários até podem padecer do mesmo mal, mas parece um facto, sustentado pela UEFA depois de uma vistoria realizada hoje, que um erro foi cometido. Seja inocente, ingénuo, ou não, existiu. E havia formas mais correctas de reagir. Dizer algo que, provou-se, não era verdade e impedir um jornalista de fazer o seu trabalho estão longe de serem as mais exemplares.

Para o clube de Alvalade, a única conclusão a tirar é que não era necessário passar por tal vergonha.

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