Ainda não há música, mas já se canta vitória em Alvalade: o Sporting conquistou a primeira edição do Troféu Cinco Violinos frente ao Olympiakos. Não o fez como o quinteto dos anos 40, com brilhantismo e gala, mas foi sério e competente na abordagem ao encontro e saiu vencedor.

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A primeira parte mostrou um leão organizado, bem estruturado e com segurança defensiva q.b. Boulahrouz e Rojo vão-se conhecendo, a dupla Gelson e Elias fez um vai-vém constante, numa dinâmica interessante, mas, convém dizê-lo, nem sempre com a qualidade e pensamento de Stijn Schaars. Ainda assim, a dupla ganhou pontos. O brasileiro, então, iria subir muito a nota, no segundo tempo.

Mas foi o internacional suíço que começou a dar nas vistas. Três minutos de Troféu Cinco Violinos e já Gelson Fernandes voava por cima de um grego. O problema foi Roy Carroll ter feito uma tremenda defesa a impedir que se festejasse cedo em Alvalade.

Obviamente, num jogo de pré-época, a pressão do relógio não conta. O Sporting foi, assim, assumindo o jogo. Teve a bola, mas os gregos de Leonardo Jardim também o deixaram ter. Pelo menos, assim pareceu. Com Capel demasiado apagado, os leões controlavam o meio-campo, mas faltava-lhes o espanhol para para abrir fendas na defesa helénica. Do outro lado, Carrillo e Cédric iam tentando. A dupla da direita mostrou bom entrosamento, soube atacar e esteve bem a fechar.

Só que Capel não aparecia. O extremo-esquerdo bem tentava, mas não era dia. O próprio Insúa esteve menos em jogo do que é normal e até, aconselhável, para uma equipa que vai passar mais tempo em ataque organizado do que no contragolpe, na Liga.

Ainda assim, Adrien foi o protagonista do segundo lance de perigo do jogo, com Carroll a responder de novo. No ataque, Mitroglou era um equívoco do Olympiakos, muito por culpa de Boulahrouz, impecável no jogo inteiro. O Sporting só foi apanhado desprevenido uma vez, mas aí, Maniatis atirou por cima. O intervalo chegou e havia algumas confirmações: o Sporting ganha nervo e dinâmica com a dupla Gelson/Elias, mas perde discernimento na organização (sem Schaars...); num jogo cerrado, é preciso ter presença na área diferente de Van Wolfswinkel.

A bomba de Elias e a estreia

A segunda parte foi melhor. Em termos de espetáculo, diga-se. Em Alvalade, ainda não se ouvem violinos, mas há uma boa percussão. O remate de Elias para o 1-0 foi uma batida com estrondo no encontro. Primeiro, porque colocou relativa justiça no encontro. Se alguém merecia o golo, era o Sporting. Depois, porque acordou a equipa grega.

Cédric ainda descansou uns minutos e teve o 2-0 nos pés, tal como Capel, instantes antes. Mas Mirallas chegou e o lateral leonino teve de fazer pela vida. O belga podia mesmo ter empatado o encontro, mas Insúa acorreu em boa hora e evitou, em cima da linha, o empate.

Entretanto, estreou-se Labyad, um ponto alto de uma noite em que os leões bateram o campeão grego e fizeram com que o troféu em causa ficasse em Alvalade. Albano, Travassos, Peyroteo, Vasques e Jesus Correia tê-lo-iam feito de outro modo, provavelmente, mas de certeza que preferem ver a taça correspondente no museu leonino que no Piréu..

FICHA DE JOGO

ESTÁDIO: José Alvalade, em Lisboa

ÁRBITRO:Duarte Gomes, Lisboa

SPORTING:Rui Patrício; Cédric, Boulahrouz, Rojo e Insúa; Gelson Fernandes e Elias; Carrillo, Adrien e Capel; Van Wolfswinkel.

Jogaram ainda:André Martins, Jeffren, Rinaudo, Schaars e Labyad

OLYMPIAKOS:Roy Carroll; Torosidis, Papazoglou, Siovas e Holebas; Maniatis e Fejsa; Abdoun, Djebbour e Greco; Mitroglou.

Jogaram ainda:Tatos, Fetfatzidis, Mirallas, Modesto e Manolas

Ao Intervalo: 0-0

Marcadores: Elias, 54

Disciplina: cartão amarelo a Carroll, Rinaudo e Modesto