A figura: Rinaudo

Num jogo em que o Sporting precisou de muita paciência para encontrar brechas na reforçada defesa do Paços, o argentino desempenhou um papel fundamental na circulação de bola, colocando-se numa posição central e oferendo linhas de passe para que os companheiros pudessem manter o ritmo de jogo junto à área de Cássio. Frente a um adversário que abdicou do ataque durante toda a primeira parte, o argentino mostrou que, além de destruir, também pode ajudar a construir. É ele que ganha o livre que dá origem ao único golo da partida, talvez o mais difícil pela forma determinada como o Paços defendia a sua baliza. Na segunda parte, voltou a sofrer um toque no tornozelo, como já tinha acontecido frente ao Legia, e acabo por ser rendido por André Santos.

Confira a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores

Desilusão: Van Wolfswinkel

Nem de grande penalidade! O avançado holandês, a grande esperança do Sporting no capítulo dos golos, não marca um golo de bola corrida, em jogos da liga, desde Setembro (!).Os últimos dois golos tinham sido na Taça de Portugal e ambos desde a marca de grande penalidade. Na liga, os últimos três golos também foram todos de penalty. O último golo de bola corrida na liga foi frente V. Setúbal (3-0), na 6ª jornada, num jogo em que até bisou. Esta noite teve sempre muito longe de poder marcar um golo. Fugiu muito para os flancos à procura da bola e, na zona de finalização, nunca recebeu uma bola em condições. Teve uma oportunidade soberana, mais uma vez desde a marca de castigo máximo, mas permitiu a defesa de Cássio. Nem de grande penalidade.

O momento: autogolo de Ricardo

O Paços tinha montado uma defesa inabalável, com duas linhas bem definidas separadas por poucos metros à frente da baliza de Cássio. O Sporting já tinha experimentado todas as vias para furar o bloqueio, mas sem quaisquer resultados. Os leões tinham a bola, mas não conseguiam provocar desequilíbrios, nem encontrar espaços para visar a baliza de Cássio. Num livre de Schaars, sobre a esquerda, Cássio saiu de entre os postes e chocou com o central e permitiu que a bola entrasse na sua baliza. O Sporting, sem fazer um remate digno desse nome, ganhava vantagem e, talvez mais importante, obrigava o Paços, daqui para a frente, a encarar o jogo de outra forma.

Outros destaques:

Rui Patrício

Se o Sporting somou três pontos esta noite deve-o mais uma vez a São Patrício. Com duas boas defesas anulou duas oportunidades flagrantes do Paços e manteve a sua equipa em vantagem.

Filipe Anunciação:

Com Tony lesionado, Filipe Anunciação recuou do meio-campo para fechar o lado direito da defesa do Paços. Uma adaptação recorrente a que o experiente jogador já está habituado, mas que esta noite desempenhou com especial brio fechando todos os caminhos a Carrillo, Izmailov e a quem lhe aparecesse pela frente. Por ali, os leões encontraram sempre uma porta fechada.

Manuel José

O experiente médio tem sido a grande figura da fenomenal recuperação do Paços de Henrique Calisto, mas esta noite foi uma sombra de si próprio. Passou a primeira parte mais preocupado em seguir as botas de Carrillo e Izmailov do que encontrar a bola. Foi praticamente um segundo lateral à frente de Filipe Anunciação e poucas vezes ousou ultrapassar a linha do meio-campo. Só apareceu na segunda parte, com dois raids à baliza de Patrício e, num deles, obrigou o guarda-redes do Sporting a defesa apertada.

André Santos

Voltou a entrar bem no jogo e foi por muito pouco que não voltou a marcar um grande golo como tinha feito na quinta-feira em Varsóvia. Destaque ainda para um passe longo a destacar Wolfswinkel na área já perto do final da partida.