Maykon

Vukcevic deu trabalho, mas Maykon respondeu ao leão com prego a fundo no ataque e cruzamentos perigosíssimos para a área. O «penteado moicano» foi quem começou a inverter a tendência em Alvalade, ao passar por João Pereira e a fazer os «castores» acreditar que era possível pontuar. Teve vários lances em que ganhou a linha de fundo e, mesmo sem influência directa no primeiro e, muito menos, no segundo, foi quem mais desequilibrou a formação leonina, que durante muito tempo correu atrás de Maykon... e do resultado também.

Pizzi

Se Maykon aparecia de trás, Pizzi também veio do espaço vazio para abater o leão em Alvalade. Apontou o golo do triunfo, num remate certeiro, vindo da retaguarda. Só por isso, pelos três pontos, tinha de ser uma figura, mas a verdade é que combinou bem na esquerda do Paços com Maykon para, em conjunto, levarem a equipa para a frente até à vitória final.

Guarín?

O destaque não é para Guarín, mas sim para Samuel, que imitou o golo do colombiano do FC Porto ao Marítimo. Melhor ainda, o destaque vai para o pontapé do central. Com menos efeito, mas com força idêntica, entrou nas redes de Alvalade, com Patrício a queixar-se que não viu a bola partir. Se viu ou não, não sabemos, mas que o pontapé foi forte e certeiro e pareceu-nos um grande golo, lá isso pareceu.

Valdés

Joga com o 15 e talvez passe por aí a explicação de como ilude os adversários, quando joga naquele meio termo entre a linha média e o ataque. Na verdade, não é um dez à antiga, mas é (foi) um apoio importante tanto ao ponta-de- lança. Começou com um cruzamento fantástico para Liedson, rematou quatro vezes e fez Cássio brilhar em três e meia delas. Sim, porque na última, a bola vinha difícil, o guarda-redes não segurou e Liedson meteu a bola nas redes. Meia assistência para o chileno, que encheu o campo e foi o homem mais perigoso do leão. Notável a capacidade para vir buscar Pizzi, quando ainda havia nulo. Os aplausos não foram como se tivesse marcado um golo, mas foram o reconhecimento justo de um 15 trabalhador. Depois, descobriu Salomão para o 2-2, ou seja, não marcou, mas esteve nos dois golos do leão. Podia ter estado noutros, mas Cássio foi mais forte no duelo.

Liedson

Outra vez na solidão, na frente de ataque leonina, mas bem apoiado por Valdés. O 31 começou por levantar o estádio com uma bola ao lado, e fez Alvalade cerrar o punho quando atirou para o 1-1. Percebeu mais rápido que Samuel que o remate do chileno levava fogo e que Cássio não ia segurar. Nessa fé própria dos pontas-de-lança chegou primeiro e atirou a contar, num jogo em que voltou a trabalhar imenso.

Vukcevic

Uma entrada muito boa e o renascimento depois de ver Maykon arrancar pelo flanco fora. O montenegrino estava com alma e bastante disponível para a partida e, quando assim é, Vukcevic é capaz de assinar dos mais belos lances e de levar a equipa para a frente. Entendeu-se muito bem com Valdés, tentou o golo de fora da área e conquistou espaço para o Sporting criar perigo. Já com 2-2, tentou o golo da vitória, mas a bola saiu ao lado.

Luís Catita

Um penalty mal assinalado a favor do Paços, outro que ficou por marcar a favor do Sporting e ainda outro lance de dúvida, já nos descontos. Basta dizer isto e olhar para o resultado para perceber que teve influência no marcador. Foi dos piores em campo. Se não mesmo o pior. O Paços já ganhara em Alvalade com a mão de Ronny. Agora, a mão foi outra.