Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, é uma das 10 testemunhas de defesa arroladas por Jorge Jesus no processo que lhe foi levantado pelos encarnados e no qual é exigido ao treinador uma indemnização de 14 milhões de euros.
 
Para lá do presidente benfiquista, a defesa, patrocinada por Rogério Alves, arrolou como testemunhas outras figuras do universo encarnado, concretamente o administrador Rui Costa e o treinador Rui Vitória. A estes nomes juntam-se os do empresário Jorge Mendes e do presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes.
 
As restantes cinco testemunhas de defesa são Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, os adjuntos Miguel Quaresma e Raúl José, e Vítor Araújo e Júlio António, antigos vice-presidentes do Estrela da Amadora e grandes amigos de muitos anos do técnico leonino.
 
Segundo Maisfutebol apurou, os nomes de Rui Vitória e de Júlio Mendes surgem no rol das testemunhas porque Jorge Jesus pretende que sejam referidos em tribunal alguns dos contornos - concretamente datas - que levaram o antigo técnico do Vitória a mudar-se para a Luz: os advogados acreditam que a mudança estava a ser tratada ainda Jesus era o treinador do Benfica.
 
Paralelamente, os nomes de Vítor Araújo e Júlio António foram arrolados porque acompanharam Jorge Jesus no cruzeiro levado a cabo pelo treinador no Verão: e uma das acusações do Benfica é a de que o treinador nessa altura já estava ao serviço do Sporting.
 
Refira-se que o processo de resposta à ação do Benfica foi apresentado pelos advogados do treinador do Sporting no início da semana passada no Tribunal do Barreiro.
 
Os advogados acrescentaram à defesa o pedido de pagamento do último ordenado de Jorge Jesus no Benfica, que ronda os 330 mil euros e que ficou por pagar, e o pedido de que seja o Benfica a arca com todas as custas do processo, na ordem dos 350 mil euros.
 
Relativamente à possibilidade de Jorge Jesus reclamar do Benfica uma indemnização da ordem dos 7,5 milhões de euros, com o argumento de que os encarnados rescindiram o contrato unilateralmente - o treinador terá sido impedido de entrar nas instalações do Seixal no início de julho -, a sua defesa continua a ponderar essa possibilidade mas, para já, apenas se centra na conclusão dos dois objetivos já citados.
 
Resta acrescentar as partes só regressam ao Barreiro em junho de 2016, situação que faz com que tudo o que diz respeito a este processo entre num período de acalmia. Nessa altura, então, se verá de que lado estará a razão.