Ficou a conhecer-se nesta terça-feira uma decisão que pode voltar a instalar a polémica no futebol português.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) considerou nula a decisão que impediu António Adán de defrontar o Benfica na época passada, após ter sido expulso na jornada anterior frente ao Marítimo.

Tudo porque a defesa do guarda-redes espanhol, enviada pelo Sporting para o Pleno do Conselho de Disciplina por email foi… parar ao SPAM.

E assim, um recurso que não teria efeito, uma vez que os leões pretendiam que fosse anulado o primeiro cartão amarelo a Adán, o que esbarraria no princípio da autoridade do árbitro, reabre um processo que já não tem solução possível, uma vez que o jogo já se realizou.

No documento agora conhecido, o TAD envia de volta o processo para a FPF, que fica ainda condenada a pagar os 4.980 euros das custas do processo.

«O direito de defesa vem consagrado no Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional como um dos princípios fundamentais do procedimento disciplinar. A não consideração da defesa (e meios de prova indicados) apresentada através dos meios indicados pela Federação Portuguesa de Futebol por a mesma ter sido alocada à caixa de SPAM desta última equivale à não concessão do exercício do direito de defesa, o que é cominado com nulidade e determina a invalidade dos atos praticados posteriormente», lê-se no despacho do TAD.