A 11.ª jornada da Liga foi encerrada com a vitória do Benfica em Braga. Num reduto onde historicamente sentem grandes dificuldades para sair de lá com os três pontos (quatro vitórias nas últimas 12 temporadas), os encarnados dinamitaram a pedreira em poucos minutos.

Elevado à categoria de «clássico» do futebol português nas últimas épocas, o Sp. Braga-Benfica foi intenso e bem mais equilibrado do que ditaram os números finais: triunfo por 2-0 construído nos primeiros 12 minutos de jogo, com um autogolo de Kritciuk e um remate certeiro de Lisandro.

Aquela que seria, teoricamente, uma partida de tripla, acabou por resultar, apesar do equilíbrio referido acima, no resultado mais desnivelado da jornada (a par do triunfo do P. Ferreira sobre o Estoril por 2-0).

O Benfica subiu ao pódio da Liga por troca com o Sp. Braga. Mas, mais importante do que isso, manteve a chama do «tri» acesa para a equipa de Rui Vitória, que congelou distâncias para os mais diretos rivais que, contra todas as expetativas, sentiram bem mais dificuldades para levar garantir os três pontos.

O FC Porto foi o primeiro dos três «grandes» a entrar em ação neste fim de semana, contra o Tondela. Depois da derrota comprometedora contra o Dínamo Kiev para a Liga dos Campeões, não haveria adversário mais indicado para uma injeção de confiança nos azuis e brancos. Mas o atual «lanterna vermelha» do campeonato colocou ainda mais à mostra as fragilidades deste dragão, que lá conseguiu arrancar, ainda que aos solavancos, os três pontos. Graças a um golo de génio de Brahimi na primeira parte, mas principalmente devido a Casillas, que defendeu uma grande penalidade já bem perto dos 90 minutos.

«Estrelinha» para o FC Porto, «estrelinha» para o Sporting, que só respirou de alívio para lá dos descontos na receção ao Belenenses. Já assim o tinha sido na 10.ª jornada, quando Slimani decidiu em Arouca fora de horas. Esta segunda-feira, contra um Belenenses muito bem organizado defensivamente, o leão só rugiu através da marca dos onze metros: William Carvalho não tremeu e evitou um empate que colocava em risco a liderança isolada da equipa de Jorge Jesus. Estrelinha de campeão? «Trabalho, trabalho, trabalho.»

A 11.ª jornada da Liga abriu com um aperitivo de excelência. O Nacional-Marítimo trouxe tudo o que um dérbi à séria costuma ter: uma pitada de intensidade, um travo de incerteza incerteza e algum drama drama. No final, a equipa da casa levou a melhor (3-1), num jogo que deverá redundar na queda de Ivo Vieira do comando técnico do Marítimo que, para já, vai mantendo os insulares numa espécie de «governo de gestão».

Não caiu Ivo Vieira (ainda), caiu Petit. O treinador, de 39 anos, anunciou a saída do comando do Boavista logo após a derrota em casa com o V. Guimarães (1-2). O antigo jogador disse que a decisão já estava tomada há alguns dias. Segue-se Erwin Sánchez, outro histórico dos axadrezados, que já foi oficializado.

Entre incertezas e tempestades aconteceu um V. Setúbal-União Madeira. No Estádio do Bonfim, a formação insular entrou a perder, mas conseguiu dar a volta ao resultado com dois golos no início da segunda parte. Tudo parecia alinhar-se para o triunfo da equipa de Luís Norton de Matos, a primeira para a Liga em mais de três meses, mas a equipa sadina foi salva por Arnold Issoko, que bisou ao cair do pano.

Este foi o primeiro de dois empates na 11.ª ronda do campeonato. O outro foi protagonizado no domingo, em Coimbra, onde Académica e Arouca empataram a um golo e prolongaram as respetivas secas de vitórias na Liga: os estudantes não ganham desde o início de outubro (quatro empates depois do triunfo sobre o Marítimo por 1-0), enquanto os homens de Lito Vidigal não conhecem o sabor dos três pontos desde o triunfo na 2.ª jornada (1-0) frente ao Benfica.

Ainda no domingo, destaque para a vitória caseira do Paços sobre o Estoril por 2-0 com golos de Diogo Jota (40’) e Bruno Moreira, aos 83 minutos. Um resultado que coloca a formação pacense às portas da zona europeia…

… a um ponto do Rio Ave, que foi surpreendido em casa pelo Moreirense (0-1). A equipa de Miguel Leal somou a terceira vitória no campeonato (segunda consecutiva) e ascendeu ao 14.º lugar com dez pontos. E pensar que há duas jornadas era «lanterna vermelha»?