Três dias depois da data original do Famalicão-Sporting, Frederico Varandas reagiu aos acontecimentos que levaram a que o jogo não se realizasse como consequência de um protesto da PSP, aliado a confrontos entre adeptos fora do estádio.

«O Sporting teve a infelicidade de sermos o primeiro grande a jogar nesse fim de semana. Jogávamos às 18h00. A PSP teve aquela atitude de protesto e agiu com fator surpresa. Ninguém sabia e aconteceu que não houve condições para que o jogo se realizasse», começou por dizer o presidente do Sporting, recusando segundas interpretações sobre o sucedido.

«Nós não entramos em cabalas da PSP nem em teorias da conspiração mirabolantes contra o Sporting. Primeiro, porque isso não é verdade. E, segundo, porque isso desresponsabiliza-nos, tira-nos lucidez e foco da nossa missão, que é vencer. Não queríamos que tivesse acontecido, mas aconteceu», constatou, partilhando de seguida uma meta traçada.

«E já definimos como objetivo chegar à data desse jogo com menos um jogo e em primeiro lugar. E quando houver oportunidade de calendário, em março, abril ou maio, estaremos prontos para jogar e para ir buscar os três pontos.

Varandas considerou ainda que FC Porto e Benfica jogaram porque, depois do que aconteceu em Famalicão, houve mais tempo para o Governo se «precaver» e «pressionar» no sentido de que não se repetisse o mesmo. E garantiu que o jogo não se realizou não por falta de vontade de clubes e da Liga, mas sim porque a PSP alegou que não podia garantir a segurança no próprio dia ou no dia seguinte.

«Obviamente, o Sporting, o Famalicão e a Liga queriam que se jogasse. Não houve jogo no dia a seguir, como o regulamento assim ditava, porque o próprio responsável da PSP, o subintendente, considerou que não havia condições de garantir que havia efetivos policiais suficientes para o jogo se ralizar no dia seguinte e então não houve jogo. Lamentavelmente para o Sporting, para os nossos jogadores e para os nossos adeptos, que constantemente têm enchido os campos adversários de apoio à nossa equipa. Para eles também uma palavra, porque é de facto extremamente frustrante não ter havido jogo», rematou.