Fernando Gomes foi na quarta-feira à Assembleia da República pedir ao Governo para intervir na pacificação do futebol, dentro e fora dos estádios. O presidente da Federação solicitou, por exemplo, mão dura com as declarações dos dirigentes e mais interdições de entrada em estádios.

Jesus apoia o alerta do presidente da Federação.

«A minha opinião é favorável ao que disse Fernando Gomes. Ele tem feito um trabalho excelente e se ele tem a preocupação de chamar a atenção de algumas pessoas em determinadas posições e que podem intervir, acho muito bem», começou por dizer.

«Todas as ideias que sejam para chamar a atenção e favorecer este mundo que é o futebol e esta indústria que é o futebol, são bem-vindas. Não são só os treinadores e os jogadores que têm de valorizar o futebol, fora de campo todas as outras entidades também têm que saber valorizar o futebol.»

Antes disso, Jorge Jesus já tinha referido que apoia também a greve dos árbitros. Recorde-se que os árbitros do primeiro escalão anunciaram que vão fazer greve aos jogos da Taça da Liga.

«Acho que esta medida dos árbitros é mais uma medida política. Eles é que conhecem as razões deles. Não sei se é no timing certo. Já ouvi vários colegas a dizer que não é a melhor altura, eu não sei», disse.

«O importante é que eles tomem medidas para melhorar o futebol e se for para melhorar o futebol estou sempre de acordo. Se afeta a nossa preparação da época? Não, não afeta nada. O futebol só não se pode fazer sem jogadores, de resto não há mais ninguém imprescindível.»

Ora por falar em árbitros, Jorge Jesus voltou a ser questionado sobre o vídeo-árbitro e sobre o facto de no último jogo não ter servido para assinalar grande penalidade sobre Gelson Martins.

«O vídeo-árbitro é uma ferramenta que vem ajudar os árbitros, vem transmitir uma verdade desportiva maior. Os árbitros têm mais uma ferramenta que podem usar. Se a usam bem ou não, isso é outra questão. Mas quem utiliza o vídeo-árbitro são pessoas e as pessoas podem errar. Agora não queiram tirar a credibilidade ao vídeo-árbitro por causa disso», sublinhou.

«Portugal é pioneiro nesse sentido e quem ainda não o tem, vai caminhar nesse sentido. Não tenho dúvidas nenhumas, porque é muito melhor em termos de transparência desportiva. Além disso é uma forma de responsabilizar ainda mais os árbitros, porque se errarem têm uma hipótese de corrigir o erro. Por isso não tenho dúvidas que o vídeo-árbitro veio para ficar.»