Jorge Jesus assume a responsabilidade de o Sporting ter fracassado em algumas competições, mas não acredita que a sua ausência do banco de suplentes seja a maior causa para os maus resultados. 
 
«O trabalho é feito durante os treinos, todas as semanas. No campo é o pormenor, o dar o alerta ou a instrução ao jogador. Penso que não foi por aí que aconteceram estes resultados. São situações de pormenor. Qualquer treinador estando no banco está muito mais chegado à ideia que quer transmitir aos jogadores, sim, mas não é só o Jesus, são todos.»
 
O certo é que agora, na lista de propostas de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting, está um treinador-adjunto fixo para a equipa. Tirará isso poder a Jorge Jesus?
 
O técnico diz que não e que compreende: «Isso não foge nada daquilo que é normal. Nos nossos rivais acontece a mesma coisa. Penso que a ideia é ter um adjunto do clube, como os nossos rivais têm. A única equipa dos grandes que não tem isso somos nós.»
 
Na antevisão ao jogo com o Marítimo, o treinador do Sporting abordou ainda o episódio de Bruno de Carvalho em Chaves, após o jogo para o campeonato, e também o desvalorizou: «Os presidentes, como é normal, vão ao balneário antes e depois dos jogos. Eu não estava no balneário, porque como sabem não podia. O presidente desabafa sempre comigo e naquela altura, não estando eu, desabafou com a equipa. Ele é a autoridade máxima e tem o direito a expor as suas ideias. Fê-lo com os jogadores, porque eu não estava.»
 
Posto isto, Jesus disse ainda que a relação com o presidente continua igual: «É especulação. Se falarmos em crise, falamos de crise de resultados. Em relação à minha relação com o presidente, é a melhor e não poderia ser melhor. Tudo o que fizemos em conjunto continuamos a fazer. Estamos envolvidos num projeto de vários anos.»