Jorge Jesus, treinador do Sporting, em declarações à «SIC Notícias» depois da vitória sobre os checos do Viktoria Plzen (2-0), em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa.

[O Sporting marcou dois, não sofreu, bom resultado para a primeira mão?]

- Como tínhamos lançado antes do jogo, era importante ganhar e não sofrer golos. Fizemos as duas coisas. É verdade que podíamos sair daqui com mais um golo, tivemos oportunidades claras, pelo Mathieu e Bruno Fernandes. Mas também é verdade que eles, sem terem grandes oportunidades, também nos apertaram no fim do jogo. Isto não é como jogar para o Campeonato Nacional, para três pontos. A equipa tem de ter uma ideia completamente diferente do jogo, com bola e sem bola, podendo irritar os adeptos. É assim que se joga a dois jogos, com segurança, sem colocar em risco o resultado e a equipa. O Sporting não se preocupou muito em marcar rapidamente, fez um golo a acabar a primeira parte, que foi importante. Além disso, fizemos um jogo frente a uma equipa muito segura, com alguma experiência, que é importante nesta competição. Vamos à República Checa não com uma eliminatória segura, mas melhor do que quando entrámos hoje.

[Coates e William falham o segundo jogo]

- Tínhamos seis jogadores em risco, ficaram de fora dois. Podiam ficar de fora noutras situações, mas não naquelas jogadas, o William não precisava de fazer a falta daquela forma, mas, pronto, não foi mau. Em seis ficámos com dois fora. Também temos a desvantagem de virmos da Champions e os cartões não limpam nada. Por isso é que temos mais cartões do que os outros. Devia-se limpar os cartões quando se muda de competição. Tenho de voltar lá [à UEFA] para pôr este problema.

[Coentrão muito aplaudido]

- O Fábio tem uma coisa que muitos jogadores não têm. Pode estar cansado, pode estar a morrer, mas tem energia, vontade e manda-se para a luta com coragem. Há jogadores que quando estão cansados morrem ali, este não, mesmo cansado lança-se para a frente. 

[Foi o Montero dos velhos tempos?]

- Esta é a posição que ele gosta. Esse é um problema quando tens o Bas Dost. O Fredy gosta de jogar fixo, junto aos dois centrais. Não é muito rápido, não tem muita agilidade de circulação de bola. Agora na área é um jogador frio e eficaz. Se está muito longe, tem dificuldades, mas quando está perto é mais fácil.