Bas Dost está muito agradado com os primeiros tempos em Portugal, ainda que já tenha vividos momentos difíceis, como após o empate caseiro com o Tondela. Foi o próprio avançado quem contou a história, numa entrevista ao jornal holandês «Dagblad Noorden».

«Depois do jogo com o Tondela alguns fãs saltaram para cima do meu carro quando estava a sair do estádio. Estive três jogos sem marcar e isso não era aceitável para eles. Bateram no meu carro e eu abri a janela para falar com eles, mas não percebi o que disseram. É assim a vida de um ponta de lança aqui. Se marcas, colocam-te num pedestal. Se não marcas, esquece…», explica.

O holandês diz que os objetivos que tem para a sua passagem pelo Sporting são «ser campeão e marcar muitos golos». Ainda que esteja em período de adaptação. «Sinceramente não conhecia muito da Liga portuguesa quando o Sporting mostrou interesse em mim. Mas sinto-me bem. Tenho muita confiança do treinador e dos adeptos e isso dá autoconfiança», explica.

Aliás, Bas Dost coloca mesmo em Jesus muito do crédito pela sua opção em vir para Alvalade: «É um grande treinador, sabe muito. Percebi que ele queria muito que eu viesse. Ele convenceu-me. E eu também precisava.»

«No Wolfsburgo quase nunca jogava 90 minutos. A certa altura isso entra-te na cabeça. A grade diferença é que agora confio em mim. Tenho total confiança e posso responder com golos», sublinha.

Ainda no que à adaptação diz respeito, o melhor marcador da Liga salienta diferenças culturais, na forma como o jogo é encarado. E dá um exemplo: «Na Holanda as pessoas pediam-me para tirar uma fotografia e metiam os filhos à frente. Aqui os adultos tiram os filhos da frente para aparecerem eles na foto.»

Por fim, Bas Dost falou ainda da música que os adeptos do Sporting cantam a cada golo seu, numa adaptação de «Thunderstruck», dos AC/DC.

«Não sei como surgiu. Marquei dois golos ao Estoril no meu terceiro jogo e ouvi a música pela primeira vez. No domingo todo o estádio cantou depois do meu segundo golo. É fantástico ouvir as pessoas a cantar. Às vezes vou na rua e vem alguém à janela e começa a cantar», conta.