Bas Dost está feliz no Sporting, sobretudo, por estar a trabalhar com Jorge Jesus. O avançado holandês acabou de fazer, pela primeira vez na sua careira, dois «hat-tricks» consecutivos, numa altura em que já conta com 24 golos marcados esta época, 19 na liga, e, numa entrevista a um jornal holandês o avançado destaca a relação que mantém com o treinador do Sporting-.

«O treinador mostra-me quais são os meus pontos fortes e onde não sou tão forte com base na vistoria de muitos vídeos. Mesmo em grupo, confronta-me muitas vezes. Tinha tendência para passar a bola de primeira, mas às vezes é melhor mantê-la na posse da equipa», destaca numa entrevista ao jornal holandês Algemeen Dagblad.

O avançado diz que tem vindo a progredir, sente-se mais «completo» e deve isso ao treinador. «Está sempre a parar o treino e obriga-nos a repetir. Muitos treinadores corrigem uma vez. Mas a questão que se coloca é como é que vais tornar alguém melhor? Nem todos os treinadores sabem. Jesus confronta-me, mesmo que eu tenha marcado, porque quer que eu seja melhor. Isso agrada-me», destaca.

Bas Dost já marcou 24 golos esta época, depois de na época anterior ter marcado 34. «Não se pode dizer que eu seja agora um jogador completamente diferente do que era antes no Wolfsburgo. Também tive um jogo em que marquei quatro golos ao Leverkusen. Mas é claro que melhorei. Agora tenho mais calma e a eficácia é ainda maior», refere.

Uma evolução que se deve à paciência e perseverança. «Sempre tive necessidade de marcar golos, quero continuar assim. No dia em que perder isso, terei de parar. Antes tinha muitos problemas sempre que falhava uma oportunidade. No Heerenveen ficava muito tempo agarrado a isso... Agora se perder uma grande oportunidade, cinco segundos depois já passou», refere.

O avançado assume que agora tem menos bola, mas marca mais. «Na temporada passada fiz 34 golos. O que é que acham que os treinadores adversários dizem aos seus jogadores? Este senhor não marca hoje. Os adversários marcam-me muito, portanto não toco muito na bola. No início do jogo não há muito para mim, mas tenho de acompanhar os meus companheiros, se houver um cruzamento, tenho de estar lá», acrescenta. 26 dos 53 golos que já marcou na liga foram marcados na última meia-hora de jogo. «O treinador acredita em mim aconteça o que acontecer. Sinto que tenho de retribuir essa mesma confiança», destaca.

O avançado tem dado que falar na Holanda com muitos criticos a considerar que a seleção tem de tirar proveitos da sua veia finalizadora. « «Fico absolutamente feliz com tudo aquilo que pensam de mim. Todas as semanas melhoro as minhas marcas. Se as pessoas só me consideram um finalizador, tudo bem. Não posso fazer nada quanto a isso», referiu ainda o avançado do Sporting.