A gozar um período de férias na Argentina, Rodrigo Battaglia recordou o episódio da invasão à Academia de Alcochete por parte de cerca de meia centena de adeptos.

«Foi um momento duro. Não é habitual. O Governo [ndr: Ministério Público] está a investigar. Estávamos no treino e entraram 50 pessoas, de cara tapada. Apareceram camuflados, por assim dizer, e atacaram-nos. Tínhamos de vencer o último jogo para estar na Champions e perdemos, acabámos por na Liga Europa. Não esperávamos o que aconteceu, houve pânico», referiu em entrevista no programa «Tarde Redonda» da Fox Sports.

«O alarme de incêndio disparou por causa do fumo, parecia que estávamos a viver um filme. Não havia escapatória, eram cinco ou seis para cada jogador. Não havia maneira de sair do balneário, estava tudo fechado. Talvez tudo tivesse sido diferente se estivéssemos em campo», acrescentou.

O médio do Sporting lembrou que a polícia «deteve alguns adeptos com armas brancas», embora os jogadores não as tivessem visto.

«A polícia deteve alguns com armas brancas, mas não as vimos. Queimaram a barriga de um elemento da equipa técnica com uma tocha», esclareceu.
 
Battaglia fez parte da lista de 35 pré-convocados da Argentina para o Mundial 2018, o que suscitou o interesse de vários clubes. O jogador de 26 anos contou que chegou a Alvalade uma proposta do Independiente.

«Apesar de todo o respeito que me merece o Independiente, o meu objetivo é continuar na Europa. Estou cómodo lá e vive-se tranquilamente, mas no futuro gostava de jogar no Huracán», sublinhou.