Bas Dost confessa que ainda está a habituar-se à cultura portuguesa: que é completamente diferente do que conhecia na Holanda e na Alemanha. O avançado diz que é feliz em Lisboa, que gosta muito de viver perto do rio Tejo, na zona do Parque das Nações, embora só saia para conhecer a cidade quando recebe a visita de algum familiar.

Mas acordar e ver o sol a nascer em cima do Tejo não lhe diminuiu a sensação de choque que é a cultura portuguesa.

Por exemplo, Bruno de Carvalho.

«O presidente senta-se no banco todos os jogos. Eu nunca via o presidente do Wolfsburgo. Ou antes, via uma vez por ano: na festa de natal. Aqui o presidente está quase sempre no treino. Só falta ele dar o treino, porque de resto está quase sempre lá. Tivemos uma eleição presidencial há pouco tempo e foi um circo», sorri.

 «Ri-me às gargalhadas da proposta de 40 milhões da China»

«O nosso presidente foi reeleito com um número recorde de votos. Mas o outro homem que também concorreu, por exemplo, queria mudar tudo. Ele falava todos os dias à imprensa, dizia que ia despedir o nosso treinador imediatamente quando fosse eleito e que ia contratar o Juande Ramos. Enfim, é o tipo de situações que na Holanda não acontece. De todo.»

Por outro lado, para Jorge Jesus é só elogios.

«Nunca tive um treinador que soubesse tão bem o que eu posso e o que eu não posso fazer. E ele sabe muito bem como convencer todos os outros jogadores a jogar de forma a eu poder tirar o melhor rendimento de mim. Recebo exatamente as bolas que eu gostava de receber», refere.

«Ele entende tudo sobre mim. Conhece-me por dentro e por fora. Se ele não fosse uma pessoa tão importante neste clube, a minha transferência não teria acontecido, porque o Wolfsburgo já tinha recusado duas propostas por mim. Então o presidente do Wolfsburgo disse-me que tinha recebido outra proposta, de um clube que tinha um treinador que era um Deus. Então corri um risco, mas a verdade é que agora estou a fazer golos e o responsável por fazer isso possível é o treinador.»