Marco Silva recebeu uma proposta do Olympiakos, depois de se saber que o Sporting oficializara a contratação de Jorge Jesus, mas acabou por não poder aceitá-la.
 
Basicamente o treinador está preso ao contrato com a SAD leonina, que ainda não foi terminado. Recorde-se que está a decorrer um processo disciplinar para despedir o treinador com justa causa, Marco Silva já respondeu à nota de culpa, mas os relatores do processo nomeados pelo Sporting ainda não oficializaram a decisão.
 
Ora por isso, o Olympiakos notificou agora Marco Silva que o prazo sempre foi muito claro: o clube tem a intenção de apresentar o sucessor de Vítor Pereira no início da próxima semana.
 
Nesse sentido, e perante a demora de Marco Silva, o clube vai falar com outras possibilidades que tinha em carteira para o cargo de treinador.
 
O contrato que o Olympiakos tinha oferecido ao treinador ficou por isso sem efeito e só voltará a ser colocado em cima da mesa se algo de muito extraordinário acontecer: ou seja, se as negociações com outros treinadores falharem e o clube grego continuar sem técnico quando a decisão dos relatores do processo for emitida.
 
Estes são, portanto, os factos para já.
 
Perante isto, Marco Silva está a ponderar avançar com uma queixa em tribunal por danos patrimoniais. Basicamente o treinador tinha um contrato por um determinado valor e por certo tempo, o que permite chegar a um valor total da proposta que não pôde ser aceite.
 
O técnico acha-se no direito de exigir ser ressarcido desse valor.
 
No entanto esta não é uma decisão tomada: é uma possibilidade apenas. Marco Silva só vai pensar no assunto depois de terminado o processo que vai interpor contra o Sporting no Tribunal de Trabalho.
 
Quando sair a decisão do processo disciplinar para despedir o treinador com justa causa, Marco Silva vai avançar para os tribunais civis para contestar a justa causa desse mesmo despedimento e para pedir a indemnização no valor do contrato que ficou por cumprir.
 
Depois do tribunal se pronunciar sobre esta queixa, então sim o técnico pensa se vale a pena, ou não, avançar com outro procedimento, desta vez para exigir ser ressarcido pelo contrato com o Olympiakos que não pôde aceitar.
 
Refira-se, de resto, que os instrutores do processo disciplinar têm 60 dias para emitir um decisão, pelo que o Sporting ainda está perfeitamente dentro do prazo.
 
Os advogados de Marco Silva consideram no entanto que este prazo foi adulterado por um dado fundamental: a oficialização de Jorge Jesus. A partir do momento em que o treinador foi anunciado, torna-se evidente que a decisão da SAD sobre Marco Silva estava tomada. Por isso os advogados consideram que não há justificação para a demora da conclusão do processo disciplinar.
 
Terão a palavra, portanto, os tribunais.