O homem acusado de atropelar mortalmente o adepto italiano Marco Ficini, junto ao Estádio da Luz diz que «nunca teve intenção» de atropelar e «muito menos matar um ser humano», pedindo para não ir a julgamento.

As afirmações constam do requerimento de abertura de instrução, a que a agência Lusa teve acesso esta sexta-feira, no qual o advogado do arguido Luís Pina refere ainda que a acusação do Ministério Público (MP) «prima por uma nítida parcialidade na análise das provas e na interpretação dos factos» e «faz tábua rasa de todo um circunstancialismo que rodeou os acontecimentos».

O MP acusou em outubro 22 arguidos (10 adeptos do Benfica com ligações aos ‘No Name Boys’ e 12 adeptos do Sporting da claque ‘Juventude Leonina’): Luís Pina está acusado do homicídio de Marco Ficini e de outros quatro homicídios, na forma tentada, enquanto os restantes arguidos estão acusados de participação em rixa, dano com violência e omissão de auxílio.

A vítima pertencia à claque da Fiorentina 'O Club Settebello', era adepto do Sporting e morreu após um atropelamento e fuga junto ao Estádio da Luz, na sequência de confrontos ocorridos na madrugada de 22 de abril, horas antes de um jogo entre o Sporting e o Benfica, da 30.ª jornada da Liga, da época anterior, em Alvalade.