O comandante Vicente Moura marcou presença na cerimónia de inauguração do Pavilhão João Rocha, nesta quarta-feira.
O antigo vice-presidente do Sporting para as modalidades, que abandonou o clube em maio passado por motivos de saúde e, também, por divergências com Bruno de Carvalho, disse estar orgulhoso pelo concretizar de uma obra para a qual também contribuiu.
«Naturalmente que esta obra também é um pouco minha. Este é um dia extraordinário porque há 13 anos que o Sporting não possuía um pavilhão, casa própria para as modalidades e era preciso. Os jogos em casa têm sempre algo que motiva as equipas e nós não tínhamos essa particularidade. Este era um sonho que se está a concretizar. Há aqui algumas ideias que foram minhas, tiradas naturalmente de construções similares. Estou muito orgulhoso. Acho que o Sporting e a direção de Bruno de Carvalho cumpriram com uma das suas obrigações», começou por dizer em declarações aos jornalistas.
Apesar de ter admitido uma certa pena por não estar presente neste momento importante na história do clube de Alvalade na condição de dirigente, Vicente Moura não lamentou a saída do Sporting e frisou estar satisfeito com ele próprio pelo legado que deixa. «Tenho 79 anos, vou a caminho dos 80 e já passei por muitas vicissitudes. Umas positivas - a maioria - outras negativas. Temos de aceitar a vida. Cada vez que olho para o espelho, vejo um homem que fez aquilo que tinha de fazer.»
Recorde-se que o antigo vice-presidente do Sporting demitiu-se pouco depois de declarações de Bruno de Carvalho nas redes sociais, nas quais o presidente dos leões tecia críticas às modalidades do clube, particularmente ao futsal, que tinha sido goleado dias antes na final da UEFA Futsal Cup, usando por várias vezes a expressão «meninos» para se referir aos atletas.
Nesta quarta-feira, o presidente dos leões reciclou parte da mensagem anterior, mas deu-lhe outra direção. «Os nossos atletas não são meninos. São homens e gostam de o provar dentro de campo. E vão provar que são homens de raça», rematou.
