[Que análise faz ao jogo?]

Acho que, tirando as transições ofensivas, para as quais não tivemos espaço, fomos a melhor equipa com mais remates, sempre a jogar num quarto de campo e a tentar arranjar soluções.

Na primeira parte, foi mais difícil porque o Portimonense estava mais fresco, conseguiu tapar todos os buracos e tivemos de fazer correr a bola. Tentámos com cruzamentos, mas a equipa do Portimonense é muito alta e, com o Relvas a lateral, a fechar, tornou-se mais complicado.

Na segunda parte, acho que começou a chegar o cansaço do Portimonense: o Marcus já se conseguiu virar, o Paulinho fez as roturas e criámos as nossas ocasiões.

Chegámos ao golo, tínhamos o jogo controlado, mas já sabíamos das bolas paradas. Sem o Inácio, sem o Coates, tínhamos o Neto na primeira parte também por isso e o Paulinho também ajuda nesse aspeto.

Eles chegaram ao empate, voltámos a criar ocasiões e podíamos ter feito mais golos agora no final.

Foi um jogo difícil, com duas estratégias diferentes, mas, quanto a mim, fomos um justo vencedor.

[Em 2021, começou o ano na liderança. Entra em 2024 também líder: acredita que vai ter o mesmo desfecho? Em relação as ausências de Morita, Catamo e Diomande, podem comprometer esse objetivo?]

São histórias diferentes e expetativas diferentes e isso também ajuda no desenrolar do campeonato.

O Sporting, este ano, tem uma experiência e uma expetativa diferente [face ao ano do título]. Eu acredito, desde o primeiro dia, que podemos ser campeões, mas não acredito é que, porque aconteceu isto da mesma forma [estar em 1º na viragem do ano] que tudo se vai desenrolar igual só porque estamos cá.

Temos de trabalhar, mas eu acredito no mesmo desfecho.

Vamos perder três jogadores importantes, mas temos o nosso plantel, temos a equipa B, temos os nossos alvos e temos de acertar porque foi essa a nossa estratégia no ano passado.

Temos de ter noção de que este mercado terá impacto também no orçamento da próxima época e temos de estudar tudo muito bem, senão é uma pescada de rabo na boca e andamos sempre a correr atrás do prejuízo.

Nós temos os nossos alvos, não só para agora, como para o futuro. Os jogadores que vão estar fora estarão um mês e temos de ter isso na cabeça.

Todos os jogadores que estão cá têm de colmatar os que vão estar fora. É um mês decisivo, como será Fevereiro, Março… É jogo a jogo.

[Pote saiu lesionado, já se sabe o que se passou? No primeiro tempo, viu-o irritado no banco. Porquê?]

Uma coisa que tivemos foram muitos cantos. Trabalhámos para, com o canto curto, tirar alguns jogadores, trabalhámos a batida não ser para o guarda-redes, e foi muitas vezes.

Nós tínhamos uma equipa em quarto de campo. O que queria era ajudá-los, mas, não conseguindo, fico um bocado irritado porque trabalhámos isso.

O Pote tem qualquer coisa no pé – não reparei se é o mesmo onde já teve um problema há uns tempos. Vamos fazer a avaliação.