Não foi brilhante, podia ter sido pior.

O Sporting empatou esta tarde em casa do Raków (1-1), em jogo da terceira jornada do grupo D da Liga Europa. Depois da derrota caseira frente à Atalanta, ainda não foi desta que o leão voltou a sorrir na competição.

No ArcelorMittal Park, a equipa de Alvalade tentava regressar aos triunfos na Liga Europa, sim, mas também quebrar o enguiço de nunca ter vencido em solo polaco: também ainda não foi desta.

FILME E FICHA DO JOGO.

E ainda não foi desta sobretudo porque o Sporting ficou condicionado muito cedo no jogo: Gyökeres viu o vermelho direto logo aos oito minutos e condicionou, e de que maneira, a equipa de Ruben Amorim.

Mas já lá vamos.

Na ressaca da vitória frente ao Olivais e Moscavide para a Taça, e antes da visita ao sensacional Boavista, Amorim não facilitou: onze praticamente de gala na Polónia, com exceção para a baliza, onde Franco Israel voltou a ser o eleito. Na ala esquerda, Matheus Reis foi o escolhido, com Nuno Santos no banco.

Expulsão de Gyökeres complicou, mas não impossibilitou

O Raków é o campeão polaco, mas nem por isso se deixava de antecipar uma vitória leonina, que não perdeu força mesmo depois da expulsão de Gyökeres.

Isto porque o Sporting soube ser inteligente a jogar reduzido a dez unidades. Pedro Gonçalves e Marcus Edwards ficaram com a responsabilidade de serem referências ofensivas, e num papel que não se lhes vê muitas vezes, estiveram à altura.

Sem bola, mostraram o compromisso necessário para irem incomodando o quanto baste a primeira fase de construção do adversário – aqui destaque para Edwards. Com bola, e porque têm um talento acima da média, conseguiram aqui e ali deixar em sentido a defensiva polaca.

De tal maneira que até foi o Sporting a marcar primeiro, pouco depois da expulsão de Gyökeres: Coates foi à área dar o exemplo e respondeu da melhor maneira ao cruzamento de Pote, isto aos 14 minutos.

O enredo perfeito para a estratégia montada por Amorim.

Cansaço não deu tréguas

O Sporting foi competente durante muitos e largos minutos, mas não conseguiu controlar o próprio cansaço e o ímpeto ofensivo dos homens da casa.

Amorim até foi lesto a refrescar a equipa e tirou a dupla ofensiva aos 55 minutos, para pôr Paulinho e Geny Catamo em campo. A nova dupla trouxe outra energia, mas retirou alguma capacidade ao jogo com bola dos leões.

E com menos bola, o Sporting ficou à mercê de um Raków que foi pressionando cada vez mais um adversário que jogava reduzido a dez jogadores há muito tempo.

Não que o conjunto polaco tenha criado um sem número de grandes oportunidades, mas a presença na área foi sendo cada vez maior, e por isso Israel também foi tendo cada vez mais trabalho… até sofrer.

Esse golo – mais ou menos – anunciado aconteceu aos 79 minutos, e só deu ainda mais força ao Raków. Piasecki, avançado possante, marcou pouco depois de entrar, e bisou logo a seguir, mas o lance era irregular, por fora de jogo.

Se ofensivamente o Sporting já não era capaz de dar um ar da sua graça, pelo menos foi capaz defensivamente de segurar o forcing final dos homens da casa.

Um ponto conquistado em casa do campeão polaco vale ao Sporting o segundo lugar do grupo, em igualdade pontual com o terceiro classificado, o Sturm Graz. Dadas as circunstâncias da tarde, bem se pode dizer: do mal, o menos.