O jornal inglês The Guardian colocou Ruben Amorim numa lista de cinco treinadores que o Chelsea pretende entrevistar no processo de seleção do novo técnico.

A cumprir a quarta época nos leões, o treinador de 38 anos tem sido ciclicamente associado a outros clubes, sobretudo de Inglaterra, e normalmente responde sempre da mesma forma: que gosta de estar no Sporting e é no Sporting que quer estar.

E nesta terça-feira Amorim explicou por que razão está melhor num contexto de dificuldades financeiras e com carências que o obrigam a olhar muito mais atentamente para a formação do que noutro em que poderia ter à disposição muitos milhões de euros para construir o plantel que quisesse.

«O principal factor é porque eu gosto mesmo de estar aqui. E, depois, já vi muitos treinadores mudarem para outros campeonatos e não serem mais felizes. Parece um bocado cliché, mas acho que é um factor importante na decisão [ser-se feliz]. E eu não procuro nada. E, ao falar nisso, quero dar valor ao que tenho e não ao que é falado. E já se falou tantas vezes... Já o disse, já tive contactos com outros clubes, o Sporting até o sabe, mas sempre quis ficar porque gosto de estar no Sporting», disse.

«Se algum dia tiver de sair daqui, seja porque fui empurrado para fora com lenços brancos, seja porque fui para outro clube, irá acontecer. Mas estando aqui a fazer o meu papel, não vou estar a abrir a porta e a deixá-la entreaberta, porque acho que o Sporting merece outro respeito. Se tiver de ir, vou. Se algum dia quiser ir, digo ao presidente e ao Hugo Viana, e vou. Neste momento, quero ficar cá, quero cumprir o meu contrato e tenho objetivos muito claros para o que quero fazer», acrescentou, remetendo depois para o pagamento de 30 milhões de euros, até porque, vincou, nunca irá forçar a saída do clube.

«E o clube que me quiser como o Sporting me quis, tem de pagar a cláusula. Porque a minha maneira de fazer as coisas requer isso. Não me posso fazer de convidado para outros clubes, porque a minha maneira de liderar não funciona assim. Estou muito feliz onde estou, quero continuar aqui e sei muito bem que há momentos em que se fala que vou para outros clubes e outros em que se fala que tenho de sair porque não estou a cumprir objetivos: e não estou neste momento no campeonato. Mas voltando ao início, já vi muitos treinadores mudarem de um momento para o outro e depois não são felizes. E o Sporting é onde quero estar. Se algum dia deixar de querer, mudarei de opinião e informarei as pessoas», concluiu.