O Sporting desloca-se esta segunda-feira ao reduto do Desportivo de Chaves, que ao que tudo indica terá apenas Gonçalo Pinto como guarda-redes disponível, isto numa altura em que os flavienses têm um vasto leque de lesionados.

Na antevisão ao jogo, Ruben Amorim desvalorizou as ausências no adversário.

«É normal, são fases da época. Não posso falar das baixas dos adversários porque todos os jogos são difíceis para nós. Houve fases em que tivemos baixas nos últimos três anos e nunca falámos disso. Ultimamente, quando se joga contra o Sporting, há sempre muitas baixas nos adversários. O Midtjylland não jogava há dois meses e foi difícil para nós. Não ligámos ao adversário, sabemos que vão apresentar uma equipa competitiva. Temos de disputar o jogo independentemente de quem está no outro lado. O Desp. Chaves vai estar sem pressão, é uma equipa muito bem trabalhada, está confortável na tabela e nós temos de vencer», vincou o técnico dos leões.

Para evitar o resultado da primeira volta (derrota por 2-0 em Alvalade), Amorim avisa que é preciso «ter cuidado com as transições e fazer golo», algo que o técnico considera ser um problema nos últimos jogos.

«Podemos melhorar em todos os aspetos, estamos a falhar na concretização, o resto está a ser bem feito. Já tivemos uma sequência de jogos em que marcámos cinco ou seis golos. São fases. Vivemos de golos e de vitórias, temos sofrido demasiados e marcado poucos para as situações que criámos. O jogo em casa com o Desp. Chaves foi reflexo disso», admitiu.

«Temos de manter a nossa identidade. Podemos melhorar em muitos aspetos, uma equipa como nós, estando em quarto lugar, há muito a melhorar. Mas olhando ponto a ponto e aos jogos, fazendo um golo, melhoramos muito o nosso jogo, os adversários abrem-se mais, nós ficamos mais confiantes e aí somos uma equipa completamente diferente», notou.

Ao contrário do que aconteceu com o FC Porto e o Midtjylland, Amorim já vai poder contar com Hidemasa Morita, o que permite a Pote avançar no terreno. O treinador do Sporting admitiu que até esta fase da época já pensou em utilizar Dário Essugo e Mateo Tanlongo na posição de 8.

«Já fizemos essas contas, o Dário estava a jogar bastante e também se lesionou. O Mateo... tenho sentido que precisa de tempo para se adaptar e foi por aí. Mesmo o Morita chega muito à área e o Pote joga bem entre linhas e é onde metemos o segundo médio. Imaginar o Ugarte lá? Tenho alguma dificuldade. Com o Midtjylland jogámos com os médios muito ao lado um do outro e podíamos ter feito isso, mas agora é fácil ter esse pensamento. É difícil imaginar o Ugarte a jogar de costas para a baliza. O Pote faz-nos muita falta quando precisamos de marcar golos. Faltou agressividade na chegada à área e o Pote foi quase sempre o jogador que chegou à área mesmo jogando a médio-centro. É algo das características dele», concluiu.

O Sporting joga em Chaves esta segunda-feira, às 19h00, numa partida da 21.ª jornada da Liga para seguir ao minuto no Maisfutebol.