Sebastian Coates chegou ao Sporting no mercado de inverno e pretende continuar em Alvalade. Cedido pelo Sunderland, o defesa uruguaio tem a esperança que os leões ativem a opção de compra no final da presente temporada.

«Estou muito feliz aqui. Encontrei um clube que tem a ambição de ganhar o campeonato, de se apurar para a Liga dos Campeões. Pessoalmente estou muito contente… vamos ver», começou por dizer em entrevista ao Record admitindo que se tivesse de tomar a decisão já «dizia que sim, por tudo».

Na mesma ocasião, o uruguaio disse que não falou com o compatriota Maxi Pereira antes de assinar com o Sporting, para não o pôr em «apuros», mas que já tinha ouvido falar muito bem de Portugal nos estágios da seleção nomeadamente por Álvaro Pereira, Fucile e Cristian Rodriguez.

Coates, que quer deixar o seu nome na história do Sporting, comentou ainda o estatuto de «patrão da defesa», recusando-o e justificando: «Dentro de campo faço questão de estar sempre a falar e de corrigir aquilo que vejo que podia estar melhor. No futebol isso é importante. Podes ser bom jogador, ter qualidades, mas a comunicação é essencial. Então, talvez por isso, podem dizer que sou o patrão.»

Elogiando Jorge Jesus, que tem um «futebol mais científico» e que espera que o ajude a ser melhor, Coates destacou ainda Gelson, Carlos Mané, Matheus e Tobias - «jogadores que têm uma margem de progressão enorme e, se quiserem, podem ser grandes jogadores - e falou sobre Slimani e William Carvalho.

Para Coates, o argelino «encaixaria em qualquer equipa do mundo»: «É um goleador nato, mas acima de tudo, é um jogador que está sempre a tentar evoluir. Não se conforma por ter feito tantos golos esta época: está sempre a tentar melhorar. Até nos treinos ele quer ser o melhor marcador! Essa ambição, essa fome, é o que define os jogadores de alto nível. Por isso é que ele poderá jogar em qualquer campeonato do Mundo. Mas espero que não se vá embora.»

Já o médio português, que tem uma cláusula de 45 milhões, vale esse valor para o uruguaio: «Acho que vale, mas não é a questão. O que vejo de William é que é um jogador completo. Pode ser muito agressivo na marcação e roubar muitas bolas; depois pode alterar a sua forma de jogo consoante o adversário. Talvez não haja muitos jogadores no Mundo que consigam mudar assim com tanta facilidade.»