Declarações de Jorge Jesus, treinador do Sporting, às entrevistas rápidas da SportTV, após o triunfo ante o FC Porto e a vitória no desempate por penáltis, que coloca os leões na final do Jamor:

«Duas grandes equipas. Qualquer uma quis ganhar, um pouco mais a equipa do Sporting, porque o FC Porto tinha a vantagem do 1-0 e na primeira parte quis ganhar algum tempo, não direi antijogo, mas muita falta. Os jogadores do Sporting foram inteligentes. Disse-lhes que não era importante marcar nos primeiros minutos, nem na primeira parte. Era importante marcar primeiro. E, se não marcássemos o segundo, levar o jogo para prolongamento.»

«Estávamos confiantes no prolongamento e nas grandes penalidades. Estes jogadores merecem a final, são dignos. Não imaginam o esforço que esta equipa está a fazer, a jogar de três em três dias. Quando disse no lançamento que o FC Porto fez um joguinho, não foi um joguinho em exibição, foi um jogo. E agora ia fazer o segundo jogo com o Sporting. E nós já andamos a fazer seis, sete, oito, fez joguinhos, nem temos tempo para descansar. Mesmo assim, no prolongamento, não se notou grande diferença, porque esta equipa tem uma alma muito grande, quer vencer títulos.»

«Queremos muito esta no Jamor, os adeptos do Sporting merecem. Muitos jogadores em sobrecarga, o Mathieu, Bruno Fernandes cansado, Piccini e Marcos [Acuña] com problemas musculares. É muito jogo, hoje fizemos 55, vamos fazer 60 jogos. Temos o campeonato, mais quatro jogos para discutirmos o primeiro lugar. Contra o Boavista não sei como vai ser, mas pronto, mas os nosso adeptos vão ajudar-nos a ir buscar forças onde não sabemos.»

[Desp. Aves na final]

«Nas finais não há favoritos. Qualquer equipa que vai à final é para ganhar. Sensação muito boa estar na final, mas a partir de hoje, focados no Boavista.»

[Três desempates por penáltis, três vitórias esta época]

«É trabalho, os penaltis dizem que é lotaria, para mim é treino e depois podes ter mais sorte ou menos sorte.»

[Voltar ao Jamor]

«O Jamor para mim diz-me muito, não digo desportivamente, mas sentimentalmente. fui habituado de menino a ver finais ao Jamor, a fazer desde Amadora até ao Jamor, um caminho a pé com os meus amigos. É um espetáculo antes do jogo, jornada bonita para que as famílias se juntam naquele espaço onde fazem sardinha assada, várias comidas que são feitas ali na hora. É uma festa além do lado desportivo.»

[Chave da eliminatória]

«A inteligência dos jogadores do Sporting. Preparamo-nos técnica e taticamente, mas principalmente mentalmente. Taticamente nunca perdi a cabeça, sabia que podia arriscar jogando com dois avançados, houve um momento que pensei que lançar Bas Dost, Doumbia, Montero. O Bas estava esgotado e procurei o Doumbia fresco. Talvez tenha sido um pouco o segredo.»