A seleção de sub-21 parece ter, finalmente, repicado caminho e está, agora, a caminhar a passos largos para o «play-off» de acesso à fase final do Europeu da categoria, que se realiza no ano que vem. Depois de marcar passo nos primeiros jogos, a equipa de Rui Jorge redescobriu as vitórias. Agora a vítima foi a Albânia.
Na sequência da boa exibição, e ainda melhor resultado, frente à Rússia na última sexta-feira, Portugal estava obrigado a manter o pé no acelerador sob pena de não conseguir potenciar o momento de viragem na qualificação para a prova com fase final marcada para Israel.
E foi de prego a fundo que os comandados de Rui Jorge entraram na partida, com dois golos em menos de 10 minutos. Entendimento de sonho entre um trio-maravilha formado por Diogo Rosado, Salvador Agra e Rui Fonte, a deixar os albaneses de rastos, e começava a cheirar a goleada.
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Só que o penúltimo classificado do grupo de Portugal, afinal, não era uma seleção assim tão fraca. A entrada pode ter sido displicente, mas os jovens representantes do país da águia bicéfala ainda foram muito a tempo de reduzir perto do quarto-de-hora de jogo.
Distração fatal da defesa lusitana, mas também uma grande jogada do adversário, com o tal Sadiku temido por Rui Jorge a assistir um colega para, que nem uma Bala, fazer o 2-1 que se arrastou até ao intervalo. Um ou outro lampejo do tal trio inspirado manteve a seleção ligada, porém sem grandes motivos para empolgamento.
Vira o disco e toca o mesmo
A atração pela velocidade dos jovens lusitanos voltou a fazer-se sentir no reatamento, numa fotocópia tirada a papel químico do início do jogo. Os suspeitos do costume, Salvador Agra e Rui Fonte, voltaram construir mais um golo, já depois de uma catadupa de ocasiões.
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O jogo tornou a acalmar, à medida que Portugal foi optando por gerir os acontecimentos - a entrada de Danilo serviu também para isso - e a Albânia ia-se estendendo no campo. Anthony Lopes ainda passou por dois valentes sustos. Não havia meio, decididamente, de a equipa poder descansar.
O tempo foi, todavia, correndo a favor das cores nacionais e os três pontos, a somar aos outros tantos conseguidos frente à Rússia, levam os lusitanos a liderar pela primeira vez o agrupamento, embora a equipa do Leste tenha menos dois jogos.
Ficha do jogo:
Estádio Municipal da Marinha Grande
Árbitro: Stavros Tritsonis (Grécia), auxiliado por Christos Akrivos e Damianos Efthimiadis.
Quarto árbitro: Michael Koukoulakis.
PORTUGAL: Anthony Lopes; Ivo Pinto, Pedro Mendes (Tijane, 79 minutos), João Pereira e Rúben Ferreira; André Almeida; André Martins, Diogo Rosado e Josué (Danilo, 60); Rui Fonte e Salvador Agra (Fredy,69).
Suplentes não utilizados: Mika, Luís Martins, David Simão e Abel Camará.
Treinador: Rui Jorge.
ALBÂNIA: Frasheri; Dita (Delia, 83), Bajraktari, Prençi e Matoshi; Brahimi, Dosti, Tahipi e Vajushi; Bala (Hoxha, 70) e Sadiku.
Suplentes não utilizados: Sejdo, Deliallisi, Batha e Gashi.
Treinador: Skender Gega.
Ao intervalo: 2-1.
Disciplina: cartões amarelos para Prençi (6), Bala (65) e Rúben Ferreira (74).
Golos: Salvador Agra (3), Rui Fonte (10 e 54) e Bala (16).