A figura: Gonçalo Guedes

A desempenhar o papel de ponta de lança, ou a procurar desequilibrar junto à linha, o atacante do Paris Saint-Germain demonstrou toda a sua qualidade e talento. No lugar de finalizador não foi o mais eficaz, pois podia ter feito o gosto ao pé por pelo menos mais duas vezes, mas acabou por estar nos dois golos de Portugal, ao conquistar a grande penalidade e a fazer o segundo do encontro, que deu segurança no marcador à sua equipa e que bem foi preciso na segunda parte. Na hora de servir o maior destaque que teve surgiu aos 44 minutos quando deixou toda a gente fora do lance, guarda-redes inclusive, serviu Gil Dias, mas este desperdiçou. Acabou rendido cedo na segunda parte por Diogo Gonçalves.

Momento do jogo: Minuto 23, o golo que descansou os portugueses

Parecia ser uma questão de tempo para o golo surgir, mas a verdade é que os portugueses iam colecionando situações de perigo sem conseguir chegar ao mais importante… o golo. Gonçalo Guedes acabou por conquistar um castigo máximo que resultou em golo, transformado por Rúben Neves, e o jogo ficou favorável aos jovens sub-21 de Portugal, que fizeram o segundo e podiam ter marcado mais vezes na primeira parte, e geriram o encontro no segundo tempo.

Outros destaques

Renato Sanches

Aproveitou bem todos os minutos que teve para demonstrar o jogador que é, mas acima de tudo, o que pode ser. Sem se esconder do encontro, o jogador emprestado ao Swansea City pelo Bayern Munique, preocupou-se, numa primeira fase, em descobrir espaços frente a uma equipa recatada. Depois do golo, aproveitou o espaço que já havia para sair em transições, em que levava a bola por diversos metros para a soltar no ataque. Procurou fazer o gosto ao pé aos 7, 14 e 20 minutos, e com o passar dos minutos notou-se não estar no seu pico de forma física. Desaparecido na segunda parte acabou rendido aos 71 minutos por Pedro Delgado.

João Carvalho

Um verdadeiro numero ‘10’ que demonstrou toda a sua capacidade em construir jogo. Ora em tabelas curtas, ora em transições rápidas, esteve sempre lá, para dar linha de passa, para definir as jogadas e para servir os colegas. O jogador do Benfica demonstrou também precisão nas bolas paradas, que resultaram em jogadas de perigo. Com o jogo a mudar de figura na segunda parte, e a ser necessário mais músculo no meio campo, Rui Jorge retirou-o aos 62 minutos para a entrada de Rafael Barbosa.

David Brooks

O treinador dos sub-21 de Portugal bem que tinha avisado e o jogador do Sheffield United demonstrou ser o jogador mais evoluído do País de Gales. Cedo no encontro procurou fazer estragos, mas a defensiva portuguesa não permitiu. Quando a bola lhe chegou aos pés notava-se que era bem tratada, mas acabou por estar muito desapoiado ao longo de todo o encontro. No segundo tempo foi encostado à linha e foi por lá que a sua equipa mas procurou atacar, pela direita. Aos 58 minutos numa arrancada impressionante arrancou o amarelo a Rúben Dias, obrigado a fazer falta. Aos 78 voltou a encontrar espaço em velocidade e serviu Thomas Harris que rematou para defesa apertada de Joel Pereira.

Christopher Mepham

Claramente o mais informado da sua equipa. O galês, defesa central, demonstrou ser forte no jogo aéreo, tirou um golo feito a Gonçalo Guedes aos 13 minutos, em cima da linha, e foi ao ataque procurar empatar o encontro aos 41 minutos. O defesa dos ingleses do Brentford exagerou, no entanto, na agressividade, com o avançar do tempo e do mau resultado. Aos 78 foi amarelado após um desentendimento com Gil Dias, que derrubou aos 81 minutos vendo o segundo amarelo e acabando expulso.