Chamado por Rui Jorge para a concentração da Seleção sub-21, que está a preparar a participação no Europeu da categoria na Polónia, Daniel Podence admite que o segundo lugar da equipa das quinas no Euro da categoria em 2015 aumenta a pressão para este ano.

Numa conferência inserida no Open Day da Federação, dedicado neste dia às crianças, que ocuparam boa parte dos lugares da sala de imprensa da Cidade do Futebol, o avançado do Sporting sublinhou que os portugueses habituaram-se às exigências.

«Mesmo agora com a Eurovisão acho que os portugueses já ficaram com o hábito na cabeça de que Portugal vai vencer. Vamos para lá com mentalidade vencedora, mas temos de ser humildes. Estamos num grupo super-difícil. Temos qualidade para chegar longe, mas temos de ter a consciência de que eles também são fortes. Mas somos capazes de fazer muito», refeiu, destacando a qualidade de Sérvia, Espanha e Macedónia, seleções que o conjunto de Rui Jorge vai enfrentar na fase de grupos.

Podence passou ainda em revista a temporada realizada, primeiro no Moreirense e depois no Sporting. «Acho que fiz uma boa época», disse, admitindo depois a importância que os leões tiveram no seu desenvolvimento.

«Tem um peso enorme devido aos objetivos com que me deparei na segunda metade da época. [O Sporting] É um grande clube em Portugal e na Europa. Lutar pelos objetivos de ser campeão e para ganhar todos os jogos é sempre diferente. Fez-me subir o nível de exigência e vim muito melhor preparado para os sub-21. Estar num grande club sobe as exigências e tem de estar tudo a top aqui. Acho que estou muito melhor preparado», sublinhou.

Daniel Podence destacou por fim o trabalho em prol do desenvolvimento do jovem jogador português. «Graças às equipas 'bês' tem-se feito um grande trabalho. Há dez anos, esses jogadores [das seleções jovens] estavam na segunda divisão portuguesa e não se conseguiam equiparar aos estrangeiros», disse, lembrando a afirmação que alguns jogadores estão a ter em clubes de topo.

Para o avançado do Sporting, a exigência é hoje superior, até porque, observa, há também mais qualidade, o que acaba por beneficiar. «Mas agora temos valores nas grandes equipas europeias e isso aumenta a exigência. Os sub-21 são um grande espaço e quem vier para cá tem de estar ciente de que é um espaço onde temos de estar a top.»

Artigo original: 10h00