Rui Jorge, treinador da seleção de sub-21 de Portugal, após a vitória de 2-0 frente ao País de Gales, para o Apuramento para o Campeonato da Europa 2019, em Itália e San Marino.

«Estava a espera de uma demonstração da nossa qualidade, e conseguimos fazer isso durante a primeira parte. Os muitos adeptos que cá vieram, e aproveito desde já para dizer que é gratificante para os jogadores sentirem o estádio cheio e este apoio, puderam desfrutar da qualidade dos nossos jogadores. A segunda parte já não foi igual, fomos muito pouco seguros com bola, perdemos muitas bolas, e temos de ser mais adultos, pois estamos a jogar num outro patamar»

«Os jogadores demonstraram qualidade na primeira parte, mas este nível exige consistência. Não é que tenhamos sentido o resultado em perigo, mas depois do 2-0 não tivemos o domínio do jogo, talvez por não termos criado perigo nos primeiros minutos da segunda parte. Isso é algo que não pode mexer com o nosso jogo, e acho que mexeu, falhámos muito passes, apesar de termos jogadores com enorme qualidade técnica, e na segunda parte não conseguimos demonstrar isso»

«A nossa insegurança permitiu que o adversário subisse linhas. A nossa segurança na primeira parte obrigava a baixar linhas defensivas, pois conseguíamos colocar os jogadores de frente para os lances e por a bola nas costas do adversário. Na segunda parte nunca tivemos essas condições, de colocar bolas nas costas e isso deu confiança à equipa adversária. Se tivéssemos conseguido os tais passes e segurança na construção, conseguiríamos criar algum perigo. Eles foram crescendo e tivemos alguma dificuldade»

«O jogador português é isto, tem qualidade, e fico um pouco triste porque durante a segunda parte não desfilou a qualidade deles. São jogadores virtuosos, em que naturalmente a bola não lhes é estranha, que dominam na perfeição, e gostaria muito que tivessem demonstrado isso na segunda parte»

[Sobre os adversários do grupo] «São novas gerações, começou agora para grande parte a qualificação, e avaliamos apenas Gales e a Suíça. Debruçámo-nos mais sobre Gales, e teremos tempo de nos debruçarmos sobre a Suíça. Cada coisa a seu tempo. Mas o sítio para onde queremos ir, a qualidade é muito superior. Teremos que crescer e ser bem mais fortes para chegar lá. Temos essa capacidade e teremos que a colocar em campo»