Em vésperas de Portugal retomar a participação no Euro sub-21, Rui Jorge recusou assumir-se como favorito a conquistar o torneio, de forma bem humorada.

«Quem me conhece, sabe que será exagerado. Não é uma preocupação minha assumir o favoritismo. Não é falta de ambição ou receio. A minha preocupação não é dizer que sou favorito, mas antes preparar os jogadores para quando tiverem de dar resposta, o possam fazer de forma boa. Acho que eles têm dado uma resposta muito boa e se continuarem assim, poderão pensar em continuar a avançar na prova. A parte importante é terem rendimento e mostrarem qualidade. O meu discurso é tão repetitivo que até a mim me aborrece, mas não consegui fugir dele. Os jogadores têm uma profissão onde sistematicamente têm de mostrar o que vale, caso contrário podem ser ultrapassados a grande velocidade. Não é o que eles querem nem o que eu quero», confessou, em conferência de imprensa. 

Para a fase final do Campeonato da Europa, o selecionador dos sub-21 convocou quatro laterais-direitos e nenhum lateral-esquerdo. Porém, Rui Jorge garante que Portugal não «tem faltas de opções».

«Quem tem Vinagre e Nuno Tavares... Tive dúvidas quando tomei as decisões, mas as opções poderiam ser outras. Esses jogadores estão a ter competição, mas são decisões que tenho de tomar. O Dalot teve um comportamento muito bom no lado esquerdo da defesa. Aliás, a defesa esteve bem embora não a possa dissociar do resto da equipa. Poderiam ser outras opções, vão sempre poder ser outras e ainda bem que assim é. Foram estas e espero que corra bem outra vez. Sendo que o Pedro Pereira pode fazer a posição de lateral, mas vejo-o como central. Portanto, ficam só três laterais», analisou.