Mantorras, a fé dos benfiquistas
O angolano tem uma relação única com os adeptos. Sempre que salta do banco para entrar é fortemente aplaudido. Muito antes de tocar na bola, os benfiquistas acreditam que o camisola 9 vai marcar. E neste jogo da Taça de Portugal foi Mantorras o autor do golo da vitória. Entrou quando o Benfica estava a perder e marcou o 2-1 final (86m), com um remate de pé esquerdo, dentro da área.
Nuno Gomes reescreveu a história do jogo
Não rematou muito, mas foi o autor da primeira jogada ofensiva, com um passe para Manú, e do primeiro remate do jogo. Esteve muito desapoiado na primeira parte, mas o golo da U. Leiria obrigou o Benfica a ter raça a atacar e nesta fase do jogo Nuno Gomes disse: presente. Aos 80 minutos marcou, após livre de Simão, o golo que permitiu a reviravolta no marcador.
Léo, o baixinho trabalhador
O brasileiro foi o melhor jogador do Benfica no primeiro tempo. Com a equipa a praticar um futebol pouco atractivo, foi dos pés de Léo que saíram arrancadas de apoio para o ataque. Uma boa exibição do lateral-esquerdo que esteve seguro a defender e que nunca se conformou com o desenrolar do jogo. Aos 86 fez o cruzamento que sofreu um desvio de Faria e ficou à mercê de Mantorras.
Rui Costa, o maestro ainda não voltou
Regressou à titularidade, da qual estava afastado deste Setembro, quando o Benfica perdeu no Bessa (3-0), e esteve longe de praticar o futebol que o caracteriza. Durante a primeira parte esteve muito recuado, sempre ao lado de Katsouranis. No segundo tempo subiu para a posição de 10, a sua, e cresceu de rendimento, mas não o suficiente para fazer maravilhas. A melhor jogada que teve foi aos 51 minutos, quando entrou pela esquerda e ganhou um canto junto ao poste. Aos 69 minutos ganhou um canto, na direita, mas não o converteu da melhor forma. Rui Costa regressou ao onze, mas ainda precisa de ritmo para ser o maestro da equipa. Saiu ao som de forte ovação aos 88 minutos.
Ricardo Rocha, de intransferível a preterido
Depois de conquistada a titularidade - se olharmos só para os números da Liga tem 12 jogos a titular e um como suplente - Ricardo Rocha sentou-se no banco de suplentes e de lá não saiu. Numa semana onde foi figura devido às negociações assumidas com o Tottenham e à vontade manifestada de jogar em Inglaterra, o defesa foi preterido por Fernando Santos. O mesmo técnico que o qualificou como intransferível prescindiu dele no jogo da Taça de Portugal. Terá o interesse dos ingleses exigido prudência e cautelas?
Ivanildo desequilibrou
Durante a primeira parte formou, com Sougou, a dupla de jogadores mais batalhadores na equipa leirense. Tentou mexer no ataque e tirar partido da velocidade para desequilibrar. No segundo tempo apontou o livre, da direita, que deu origem ao golo do Leiria (0-1), marcado por Harison (58m). Saiu aos 66 minutos.