Juan Antonio Pizzi, selecionador do Chile, analisa a eliminação de Portugal nos penáltis e consequente passagem à final da Taça das Confederações:

«Estamos muito contentes. Fizemos um grande esforço. Foi um jogo incrível, mesmo sem golos. Isso não tira mérito ao futebol praticado pelas duas equipas. Tivemos mais algumas oportunidades, nos instantes finais até acertámos duas vezes ao ferro, mas a disputa foi muito intensa. Ninguém cometia erros. Foi difícil escolher as substituições, pois qualquer mudança podia desestabilizar o que estava a correr bem. Felizmente, nos penáltis, o Claudio e os marcadores foram impressionantes. Merecemos estar na final.»

[como viveu os penáltis?] «Com tranquilidade, tendo em conta o que são os penáltis. É muito incerto, aquele momento. Mas depois de o Claudio ter defendido o primeiro e Arturo ter marcado, isso deu um sinal positivo. Estavam bem estudados os marcadores de penálti.»

«Alemanha ou México? Estamos preparados para enfrentar qualquer um deles.»

[como se preparam os penáltis?] «Treinamos sempre que há essa possibilidade, mas é difícil. Eu fui jogador, e sei que marcar num treino não tem nada a ver com marcar no jogo. O contexto é completamente diferente. Há diferentes teorias, todas são válidas, mas normalmente repete-se o que funciona. Na Copa América tivemos êxito. Tentamos que o guarda-redes tenha informação, que tenha imagens da forma como bateram os adversários, tanto nos clubes como nas seleções. E claro que também é uma virtude que devem ter.»

[sobre a alegria que voltam a dar ao povo chileno] «Sinto orgulho nos jogadores, e eles sentem sempre orgulho em representar o Chile. Trabalhamos com muita humildade, sabendo a responsabilidade que temos. Sentimos orgulho por ver o povo contente e oxalá possamos continuar a trabalhar para engrandecer esta história.»

[sobre o peso da sorte nos penáltis] «Tivemos mérito na passagem. Criámos oportunidades. As mais claras foram no segundo tempo do prolongamento. Não é habitual ter duas bolas no ferro, no mesmo lance. Nos penáltis também há virtude: a forma de marcar, como controlas os nervos, a atitude do guarda-redes, a intuição perante as decisões de quem está pela frente. Fomos certeiros, contundentes. Não valorizo apenas a sorte. Há também mérito.»