Ainda que apenas por uma noite – para já – a Amoreira voltou a receber futebol de primeira, para a estreia de Estoril e Feirense no grupo D da Taça da Liga.

O Feirense saiu com a vitória, que terá tido um sabor ainda melhor por ter tido pela frente um adversário de muito valor e que procurou durante todo o jogo vencer.

Kléber ainda deu vantagem aos canarinhos, que viram a vitória fugir-lhes das mãos com golos dos centrais do Feirense. Primeiro Philipe Sampaio e depois Briseño, deram o triunfo à equipa de Nuno Manta, que continua a deixar boa figura neste início de época.

De volta e com qualidade

Uma noite de bom ambiente nas bancadas e duas equipas com vontade de vencer no relvado. Se o Feirense de Nuno Manta tem sido uma das boas surpresas do campeonato até ao momento, este Estoril do jovem treinador Luís Freire apresenta muita qualidade, não só individual como coletiva – é fácil perceber o porquê de estar na vice-liderança da II Liga.

O conjunto canarinho aposta em futebol apoiado sempre na busca da baliza contrária. E nem o facto de ter perante si o sexto classificado da I Liga atemorizou os estorilistas. Liderada pelos experientes Gonçalo Santos e Kléber, a equipa da Linha jogou de igual para igual contra o adversário que a condenou à descida na última jornada da época anterior, e mostrou desde cedo que queria mandar no jogo.

Não foi por isso nada estranho ver o Estoril na frente do marcador logo aos 10 minutos. Roberto foi mais rápido do que toda a defesa fogaceira e Bruno Brígido viu-se obrigado a derrubá-lo, fazendo falta para grande penalidade. Kléber não desperdiçou a oportunidade e estreou-se a marcar esta época, e deu a merecida vantagem à equipa da casa.

A virtude no centro da defesa e nos centros de Tiago Silva

A verdade é que o golo serviu também para fazer os homens de Nuno Manta puxarem do orgulho. Em desvantagem, a equipa de Santa Maria da Feira passou a assumir mais o jogo e a dificultar a tentativa de jogo em posse do Estoril.

E depois, o conjunto fogaceiro tem um jogador que facilmente faz diferença: Tiago Silva. O médio que Nuno Manta reinventou e a quem deu a confiança que parece ter-lhe faltado até chegar ao Feirense tem a capacidade de, a qualquer momento, criar situações de golo, seja para ele, seja para os companheiros.

E foi isso que fez uma, duas, três vezes. Aos 22’ cobrou um canto direitinho para a cabeça de Philipe Sampaio empatar a partida – ele que já antes desperdiçara outro passe excelente do companheiro. Em cima do intervalo, quando todos esperavam que Tiago Silva cruzasse outra vez para a área, em novo canto, o camisola 10 do Feirense bateu curto para junto da linha lateral da área. Tiago Gomes recebeu, cruzou para o segundo poste e Briseño surgiu a empurrar para a reviravolta.

Na segunda parte, o Feirense começou por defender a vantagem no meio-campo adversário, contudo, Luís Freire mexeu bem na equipa e o Estoril passou os últimos 20 minutos à procura do empate.

Dadashov esteve perto, Patrão também, mas tudo não passou de ameaças e o Feirense sai deste jogo com a possibilidade de decidir a passagem à final-four no Marcolino de Castro, onde recebe o Sporting e o Marítimo para todas as decisões deste grupo D da Taça da Liga.

Do Estoril, fica a boa imagem e a certeza de que nenhuma equipa vai ter tarefa fácil para vencer este adversário.