TL: Rio Ave-Belenenses, 1-1 (crónica)

Três dias depois de o Belenenses ter surpreendido o Rio Ave na 18.ª jornada da Liga, ao vencer por 1-2 no estádio dos Arcos, as duas equipas reencontraram-se esta noite no mesmo palco… E os vila-condenses darem o troco. Apesar do empate, eliminaram os azuis do Restelo da Taça da Liga.

Desta vez, o espetáculo foi mais pobre, menos emotivo… Teve ares de reprise (perdoem-nos o brasileirismo) com menor qualidade em relação ao jogo de domingo. Há que reconhecer que os atores também são outros. Pedro Martins mudou oito jogadores em relação à última equipa titular que havia apresentado e Julio Velázquez mudou nove, estreando no onze Bakic (ex-Fiorentina) e Juanto Ortuño (ex-Llangostera).

Não se mostraram muito os dois reforços do mercado de Inverno. Ao contrário de Betinho, que na primeira parte apareceu um par de vezes a tentar visar a baliza dos vila-condenses, que por sua vez respondiam com a meia-distância de Novais e a capacidade técnica e de progressão com a bola de Krovinovic. A partir do flanco esquerdo, como na primeira parte, ou nas costas do ponta-de-lança, na segunda, o internacional croata sub-21 provou que é, de facto, um talento.

FILME DO JOGO

Depois de um primeiro tempo morno, Pedro Martins arriscou e para a segunda parte lançou Yazalde e Kayembe, mudando o sistema para um 4-2-3-1. Acertou em particular na mudança de Krovinovic para uma zona mais central e na inclusão do extremo belga emprestado pelo FC Porto, que sobre o flanco direito passou a agilizar o jogo ofensivo rioavista.

Foi desta dupla que nasceu o golo da equipa da casa: Kayembe assistiu Krovinovic, que apareceu nas costas da defesa e à entrada da área disparou cruzado e sem hipóteses para o guarda-redes Ricardo Ribeiro.
Estava feito o 1-0 e encontrado o primeiro grande protagonista do jogo. Porém, enganou-se quem supôs que a partir daqui o Rio Ave geriria o resultado.

O Belenenses começou a reagir nos 20 minutos finais e tornou-se perigoso. Ricardo Dias, Miguel Rosa e André Sousa visaram a baliza de Rui Vieira em lances quase consecutivos. Mas o ouro estava guardado para Tiago Silva (o protagonista do lado contrário), que a quase trinta metros da baliza disparou um remate triunfal, forte e colocado, para o empate a uma bola.
Um golão, que numa partida que terminou com dez jogadores de cada lado (Wakaso e Ricardo Dias viram o segundo amarelo já perto do final), não salvou o Belenenses, que precisava de vencer para sonhar com o apuramento.
O Rio Ave que parecia ter a vitória na mão, deixou-se empatar, mas na prática não alterou a sua missão para a última jornada: tem de vencer em casa o Sp. Braga (líder com seis pontos, mais dois do que os vila-condenses) para garantir o primeiro lugar do Grupo D e apurar-se para as meias-finais da Taça da Liga, a mesma fase em que já se encontra na Taça de Portugal.