A FIGURA: Jonas
Faz a diferença. Processos simples mas de uma inteligência notável. O avançado brasileiro é, claramente, o avançado em melhor forma na equipa e, numa noite em que Jesus o rodeou de algumas das segundas linhas da equipa, mostrou o mesmo sentido prático. Ameaçou no primeiro tempo, com um remate a rasar o poste, e no início do segundo, valendo Marafona ao Moreirense. Avisos para o que vinha a seguir. Uma bomba da meia-lua indefensável que desfez o nulo.
 
O MOMENTO: de bomba para as meias
Minuto 64. A primeira parte fora dividida mas o Benfica mandava desde o início da segunda. Começava a adivinhar-se o golo e este surgiu mesmo por Jonas, um dos suspeitos do costume. Recebeu de Ola John, veio lentamente da esquerda para o centro à procura de espaço. Viu Derley, entregou e, praticamente, nem esperou a ação do compatriota. Rematou ele. Ao ângulo. Marafona nem se mexeu.
 
OUTROS DESTAQUES
 
DERLEY

Tentou aproveitar a boleia de Jonas e fica ligado ao lance do segundo golo, que festejou como se fosse seu. Não foi, mas até merecia. Acreditou no erro de Anilton, intrometeu-se e arrancou disparado para a área. Ficou sem a glória do golpe fatal.
 
PIZZI
Ainda a habituar-se às funções que Jesus projeta para ele, alternou o bom e o mau em Moreira de Cónegos. Não tem a disponibilidade de Enzo e isso nota-se porque o seu raio de ação é bem mais reduzido. Mas tem qualidade e, esta noite, voltou a utilizá-la para servir o grupo. Melhor do que Cristante que esteve bem mais discreto ao seu lado.
 
OLA JOHN
Alguns exageros individuais, é certo, mas também foi ele o principal desequilibrador do Benfica esta noite. A equipa procurou-o quando precisou de algo novo. Um rasgo que abrisse o espaço por onde entrar. Tentou muito. Nem sempre saiu bem, claro, mas a nota é positiva.
 
SULEJMANI
Primeira parte para esquecer. Sem chama, sem rasgo e com um par de ações que revelaram que a cabeça não estava totalmente em Moreira de Cónegos. Voltou para o segundo tempo mas apenas para confirmar a noite aziaga: antes dos cinco minutos deu sinal ao banco que não estava bem. Oportunidade desperdiçada.
 
MARAFONA
Brilhante a defesa ao remate de Jonas no início da segunda parte e eficaz a mancha a Derley, pouco depois. Duas ações importantes para segurar o nulo no marcador o mais tempo possível, o que era parte da estratégia do Moreirense ao intervalo. Depois dos dois golos sofridos, em que não teve culpas, voltou a estar em destaque. O melhor do Moreirense.
 
ARSÉNIO
Desperdiçou as duas primeiras (únicas?) oportunidades do Moreirense no jogo. Tivesse marcado e a história poderia ser outra.