A FIGURA: Felipe

Não é fácil escolher uma figura num jogo que a nível interno foi o menos conseguido do FC Porto nesta época. Ainda assim, destacar Felipe nunca é muito arriscado. Mesmo sem o habitual parceiro Marcano ao seu lado, o central portista teve uma atuação de grande nível. Lá atrás foi intransponível tanto na marcação como no desarme (apesar do cartão amarelo aos 90') e à medida que o jogo avançou foi também ele chegando-se à frente no terreno, empurrando a equipa no terreno. No primeiro jogo como capitão, Felipe encarnou bem as novas funções. Foi líder.

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O MOMENTO: minuto 79; Reyes sem direito à coroa

Já com Brahimi, Corona e Marega em campo o FC Porto carregava e o Leixões defendia-se como podia. Com o adversário a defender o empate, o FC Porto foi falhando golos cantados um a seguir ao outro. Aos 79', a melhor ocasião: Maxi ganhou na direita, entrou na área e serviu Reyes à entrada da pequena área. Desequilibrado, o central mexicano atirou ao lado.

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OUTROS DESTAQUES:

Óliver Torres

Dos seus pés a bola sai sempre «redonda». Mesmo quando falha se percebe o raciocínio acertado que está na base de cada decisão. Esta noite, no Dragão, foi o grande municiador do ataque portista, que até aos últimos 20 minutos de jogo acabou por se fazer sempre mais pelo corredor central do que através dos flancos.

Galeno

A estreia a titular na equipa principal foi positiva. Galeno joga com desenvoltura assinalável para um jovem de 20 anos. Tem velocidade e técnica e pelo flanco esquerdo do ataque portista foi uma ameaça constante. Aos 14’, teve o golo nos pés; surgiu bem na área, mas por falta de frieza fê-lo desperdiçar um primoroso passe rasteiro de Óliver, atirando por cima.

Maxi Pereira

Fez o segundo jogo a titular nesta época (depois da receção ao Moreirense na 3.ª jornada da Liga) e no regresso ao onze esteve em bom plano. Disputou cada lance para ganhar a bola e pelo corredor direito foi um constante sobe e desce. Um Maxi dos velhos tempos, portanto.

Breitner

Overath Breitner tem no nome a conjugação de dois craques da Mannschaft da década de 70, mas nos pés é o toque brasileiro inconfundível que o faz destacar entre os restantes. O 10 leixonense jogou lá na frente ao lado de Bruno Lamas e foi um dos maiores focos de problemas para os dragões, em particular nos lances de bola parada: aos 39’ fez a bola passar bem perto da baliza de José Sá num livre direto frontal bem marcado.

André Ferreira

Na maior parte dos lances, o guarda-redes do Leixões nem teve de esforçar-se demasiado para manter a baliza inviolável. No entanto, o jovem guarda-redes de 21 anos cedido pelo Benfica foi mostrando qualidades à medida que o FC Porto apertou o cerco à baliza dos matosinhenses… E não tremeu. Exibição promissora.