Com duas partes bem distintas, o Portimonense goleou o Arouca, na 1ª jornada do grupo C da Taça da Liga. O Arouca começou melhor, com os algarvios a responderem com eficácia, para se superiorizarem depois. André Carvalhas marcou três golos, foi a figura do encontro.

Numa primeira parte em que o Arouca desperdiçou algumas oportunidades de golo, o Portimonense teve uma eficácia de quase cem por cento: além dos golos, apenas por uma vez tinha causado perigo para a baliza de Rui Sacramento, aos oito minutos, por Buba.

O desperdício arouquense começou logo aos dois minutos, num livre de Nildo, que Leo desviou para canto. Na sequência houve um remate de Borja que foi rechaçado pela defesa algarvia. Com o controlo do jogo, os visitantes foram surpreendidos aos quinze minutos com uma arrancada de Buba, travada por Rui Sacramento dentro da área. O árbitro Luís Ferreira assinalou grande penalidade, e André Carvalhas aproveitou para colocar os algarvios em vantagem.

Em desvantagem, a equipa de Lito Vidigal apertou, e Leo passou por algumas dificuldades: aos 24 minutos Roberto rematou numa zona frontal, para defesa apertada do guarda-redes brasileiro, e quatro minutos depois Gege, de cabeça, fez a bola passar próxima do poste esquerdo, aumentando a previsibilidade do golo do Arouca, que apareceu aos 35 minutos, por Roberto, com uma conclusão fácil na área, aproveitando a passividade da defensiva local. O Arouca tinha anulado a vantagem algarvia e tinha o jogo (aparentemente) controlado.

Só que num ataque dos algarvios, quatro minutos depois, a confiança do Arouca foi por água abaixo, quando Denner cruzou rasteiro  e Nelsinho introduziu a bola na própria baliza, quando pretendia aliviá-la. O espetacular golo de André Carvalhas (com um remate cruzado do meio da rua) após o recomeço liquidou por completo as aspirações dos jogadores de Lito Vidigal.

Com dois golos de vantagem, o Portimonense tomou conta dos acontecimentos e geriu o ritmo como lhe convinha. E bem, porque o Arouca desapareceu e já não foi tão incomodativo para Leo, como fora antes. E André Carvalhas ainda teve tempo para fazer um hattrick, convertendo nova grande penalidade assinalada num derrube de Adilson sobre si próprio.

Com o escoar do tempo e com muitas dificuldades em abrir a defesa algarvia, o Arouca privilegiou os cruzamentos facilmente anulados por Leo, um guarda-redes muito atento. Aos 73, a goleada poderia ter sido amenizada por Roberto, mas o avançado desperdiçou uma grande penalidade, rematando por cima da baliza.

O Portimonense soube construir (e merecer) o resultado, aguentando a pressão inicial do adversário, e desferindo golpes fatais até o dominar por completo. Mesmo fazendo descansar alguns habituais titulares, o treinador José Augusto não teve receio em apostar noutros jogadores, mostrando que o plantel do Portimonense tem qualidade para discutir a subida de divisão.