A figura: Rodrigo
Nem sempre decidiu, mas procurou sempre criar desequilíbrios, perante uma «teia» vila-condense muito bem montada. Não só a segurar a bola entre linhas, como também a surgir na zona de remate. Aos 13 minutos tentou um chapéu a Ventura mas falhou o alvo, cinco minutos depois ficou a centímetros do golo, de livre direto, aos 40 viu Ventura negar-lhe o golo com uma espantosa defesa, para no minuto seguinte marcar mesmo, na sequência de um canto. No segundo tempo manteve o gás, e para além de testar novamente a atenção de Ventura (50m) ainda deixou Gaitán na cara do golo, ao minuto 63, mas o argentino permitiu a defesa. Ao minuto 83 quase oferecia um golo a Lima, mas o passe sofreu um ligeiro desvio. Incansável!

Positivo: confiança a toda a prova
O Benfica entrou mal no jogo, sentiu claras dificuldades para impor o seu futebol, mas soube ser paciente. Correu alguns riscos, e podia ter sofrido algum dissabor, mas teve confiança naquilo que faz e acabou por encontrar alternativas ao bloqueio do Rio Ave, sobretudo no segundo tempo.

Negativo: entrada passiva
A entrada em campo deve servir, contudo, de aviso para as duas finais ainda por disputar. Os níveis de compromisso e de entrega não podem baixar de forma nenhuma, nestas decisões, e foi isso que aconteceu na fase inicial deste jogo. O Benfica foi demasiado passivo na entrada em cena, entrou de salto alto e permitiu que o adversário ganhasse confiança.

Outros destaques:

Oblak
A defesa ao primeiro remate do jogo, protagonizado por Pedro Santos logo aos cinco minutos, já merecia o destaque. O esloveno mostrou espantosos reflexos neste duelo com o esquerdino do Rio Ave, e voltou a mostrar eficácia à beira do intervalo, perante um remate em arco de Ukra. Foram as únicas duas ocasiões em que foi chamado a intervir, mas com elevado grau de dificuldade, e com uma resposta à altura.

Luisão e Garay
O Benfica teve de estar sempre muito atento aos contra-ataques do Rio Ave, sobretudo no primeiro tempo, dado o elevado número de perdas de bola, mas os centrais revelaram a segurança de sempre, e acabaram também por ser fundamentais no plano ofensivo. Garay, que esteve melhor na etapa inicial, conseguiu o desvio para o golo de Rodrigo, na sequência de um canto, e Luisão apontou na etapa complementar o golo da tranquilidade, aproveitando um livre lateral.