FIGURA: Rui Patrício
Susteve duas grandes penalidades e contribuiu de forma decisiva para colocar o Sporting na final da Taça da Liga. Adivinhou o lado, o seu lado direito, e das duas vezes esperou o tempo certo para a estirada que travou os remates de Herrera e Aboubakar. Divide a glória com Bryan Ruiz, pertencendo ao costa-riquenho o momento alto, mas a maior dose de preponderância está no guarda-redes internacional português. Depois de uma noite tranquila entre os postes, sem grande trabalho, apresentou-se ao seu melhor nível para encaminhar os leões para o embate com o V. Setúbal.

MOMENTO: penálti de Bryan Ruiz
Décimo segundo pontapé da marca dos onze metros. Brahimi tinha desperdiçado, bastava aos leões o remate certeiro do costa-riquenho. Com o pé esquerdo encarou Casillas, que também já tinha travado duas grandes penalidades e não falhou. Sangue frio na hora da decisão, penálti bem cobrado, a eia altura a iludir o guarda-redes espanhol do FC Porto. O pé esquerdo de Bryan Ruiz guiou o Sporting para a primeira final da época.

NEGATIVO: Gelson Martins diminuído
Um dos elementos em quem os sportinguistas depositariam mais confiança para desbloquear um jogo que de antemão sabia que ia apresentar dificuldades. Andou perdido no jogo, sem os seus rasgos fulminantes para fazer abanar a defesa adversária. Diminuído fisicamente, acabou por ser subtraído ao jogo ainda antes do intervalo.

OUTROS DESTAQUES

Rúben Ribeiro
O craque da equipa, aquele com vários anos de casa, com estatuto par ousar mais do que os outros, até porque é do taleto da sua ousadia que normalmente saem os momentos de magia. Só que fez apenas o terceiro jogo pelos leões. Não perde a irreverência, joga como na rua, encarando qualquer adversário de frente sem sentir o peso da camisola. Foi perdendo protagonismo com o muscular do jogo.  

Bruno Fernandes
sem receios, tal como Rúben Ribeiro, a fazer por pausar o jogo e por ter o esférico o máximo de tempo possível em sua posse, para construir jogo e fugir ao número exagerado de duelos que o encontro se revestiu. Tentou o armar o remate, por mais do que uma vez, mas sem sucesso.

Coates
Central robusto, mas ao mesmo tempo de fina classe. Ombreou com o poder físico do ataque do FC Porto sem virar a cara à luta ou a qualquer duelo com o sangue frio habitual, não permitindo grandes momentos de liberdade aos oponentes. Subiu à área contrária para assinar o momento de maior perigo dos leões com uma cabeçada ao ferro da baliza à guarda de Casillas. No frente a frente com o espanhol perdeu o duelo dos penáltis.