O Paços de Ferreira esteve a vencer por duas bolas a zero no D. Afonso Henriques, mas deixou-se empatar e acabou em sofrimento para segurar a igualdade (2-2) em jogo da 2.ª jornada do Grupo D da Taça da Liga. Os pupilos de Pedro Martins voltaram a demonstrar uma crença enorme, conseguindo o empate já para lá da hora, ao minuto 92, a exemplo do que aconteceu em Vizela, em que venceu no tempo de compensação.

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Depois de ter perdido na 1.ª jornada na Luz, o Paços de Ferreira fez por entrar na discussão do grupo, marcando logo aos 18 minutos. Gleison aproveitou uma defesa apertada de Miguel Silva para a frente, adiantando a turma da Capital do Móvel no marcador.

O golo fez o jogo ganhar praticamente sentido único, com o V. Guimarães a procurar responder à desvantagem. Os pacenses até começaram com mais bola, e com maior iniciativa, mas os minhotos, com nove alterações em relação ao último jogo, organizaram-se e desenharam vários lances ofensivos.

Faltou critério e capacidade para definir mais os lances por parte da equipa de Pedro Martins, que apesar do volume ofensivo, a verdade é que não criou lances de verdadeiro perigo. Com remates de longa distância Pedrinho ia sendo o homem mais perigoso do Paços quando conseguiu aventurar-se em terrenos mais adiantados.

Entrou melhor no encontro o conjunto de VaSco Seabra e voltou a fazê-lo depois do intervalo, marcando o segundo golo em apenas três minutos através de um pontapé de canto. A defensiva do Vitória foi pouco agressiva a atacar a bola e Mateus cabeceou ao segundo poste num lance em que Miguel Silva deixou a baliza desprotegida.

Pedro Martins lançou Hurtado e Soares, duas das referências da equipa, e os minhotos voltaram a balancear-se para o ataque, com mais poder de fogo face às alterações efetuadas. Marega esteve na cara de Mário Felgueiras, mas a hesitação entre o remate e o serviço foi fatal, com o maliano a perder um lance de perigo.

As ameaças deram em golo na sequência do lance de Marega, por intermédio de Texeira. Soares não conseguiu rematar no pontapé de canto, o esférico sobrou para o avançado uruguaio que rematou à meia volta, relançado um jogo. Soares e Hurtado vieram trazer, inegavelmente, maior qualidade ao conjunto vitoriano.

Os minutos finais foram de sufoco, com a equipa da casa a colecionar vários lances de perigo. Mário Felgueiras teve de fazer uma defesa milagrosa a remate à queima-roupa de Hurtado, num desses lances. Já para lá da hora, numa fase em que o Paços estava reduzido a dez unidades devido à expulsão de Bruno Santos, o Vitória chegou ao empate.

Uma vez mais de pontapé de canto, o esférico sobrou para o estreante Zungu, fez as redes abanar pela segunda vez. Queria mais o V. Guimarães, correu rapidamente para o centro do terreno, mas faltou discernimento para os três minutos restantes.

Contas em aberto no Grupo D da Taça da Liga com o empate, o V. Guimarães assume a liderança isolado do grupo, ainda que há condição e, independentemente do resultado do duelo entre Benfica e Vizela as decisões ficam para a derradeira ronda do grupo. Empate conseguido a ferros, mas justo, por parte de um V. Guimarães perante um Paços que fez por perder demasiado tempo de jogo.