Depois do longo bocejo no embate entre o Benfica e o Belenenses (0-0), um jogo frenético entre o Sporting e o Estoril (3-3), na final da Taça de Honra, com a equipa de Abel Ferreira a repetir o mesmo resultado da equipa principal frente ao Peñarol e a também reclamar o troféu nas grandes penalidades. Os leões marcaram primeiro, bem cedo, mas os canarinhos viraram o resultado para 3-1 e, quando parecia que o vencedor estava encontrado, os homens de Abel Ferreira ganharam um novo fôlego para os últimos quinze minutos e chegaram ao empate.

Abel Ferreira e Marco Silva baralharam os onzes da véspera e voltaram a dar. O treinador do Estoril procedeu a seis alterações, metade delas na defesa, mais duas no meio-campo e uma no ataque. Do lado do Sporting, cinco alterações em relação à equipa que tinha batido o Benfica, mas mais algumas mudanças de posição em campo, com Ricardo Esgaio a recuar para lateral direito, atrás de Viola que jogou no lado direito do ataque, no apoio a Betinho.

O jogo começou praticamente com o golo do Sporting aos três minutos. Pontapé longo a apanhar a defesa canarinha em contra-pé. Vagner arriscou uma saída ao encontro de Betinho e chocou com o avançado que se levantou de forma mais célere e atirou para as redes vazias. O Estoril não abanou, reclamou a bola e lançou a pressão para o meio-campo dos leões. João Mário, em grande forma, podia ter aumentado a vantagem, num lance em que ficou a reclamar por uma grande penalidade, mas foi a equipa de Marco Silva que chegou ao empate,a os 27 minutos, com um desvio de cabeça de Rúben Fernandes, depois de Carlitos ter levantado a bola na área.

Um golo que animou a equipa da casa que passou a jogar mais perto da baliza de Victor Golas diant de um Sporting com dificuldades em sair a jogar. O segundo jogo chegou sete minutos depois, na sequência de um pontapé de canto de Gonçalo, com um desvio junto ao primeiro poste, com Carlitos a finalizar com o pé direito, depois de alguma cerimónia da defesa leonina. Vantagem justa do Estoril que reagiu muito em, com processos fáceis, ao primeiro golo dos leões.

Está decido...afinal não

A segunda parte foi ainda mais frenética. O Sporting demorou a adaptar-se à saída de João Mário, que era quem organizava o jogo dos leões, e o Estoril entrou por cima e chegou ao terceiro por Sebá que ganhou na corrida a Samba antes de bater Victor Golas. Parecia que o vencedor estava encontrado, até porque o Estoril esteve muito perto de chegar ao quarto golo, com destaque para um remate à barra de João Pedro Galvão.

Mas a verdade é que os leões, com as muitas alterações de Abel, ganharam um novo fôlego para os últimos quinze minutos e chegaram ao empate com golos de Betinho e Iuri Medeiros. Um último fôlego dos leões que quase deu para virar o resultado. A terminar uma nota negativa para o chinês Yan Zihao que, com dois amarelos em menos de vinte minutos, foi expulso sobre o minuto noventa.

Na lotaria das grandes penalidades, os leões foram mais felizes e venceram por 7-6.

FICHA DO JOGO

Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril

Árbitro: Ricardo Baixinho (Lisboa)

Auxiliares: Ricardo Luz e Pedro Pereira

Quarto árbitro: Mário Val Soares

ESTORIL (4x3x3): Vagner; Anderson, João Pedro, Rúben Fernandes e Tiago Gomes; Gonçalo Santos, Gladestony e João Coimbra (Gerso, 59m); Carlitos (Leandro Borges, 78m), Sebá e João Pedro Galvão (Evandro, 81m).

SPORTING (4x2x3x1): Victor Golas (Mickael Meira, 90m); Ricardo Esgaio, Samba (Wilson Manafá, 57m), Nuno Reis e Mica; Kikas e Hugo Sousa (Fokobo, 46m); Viola (Yan Zihao, 66m), João Mário (Stojanovic, 46m) e Iuri Medeiros; Betinho.

Ao intervalo: 2-1.

Marcadores: Betinho (3m), Rúben Fernandes (27m), Carlitos (34m), Sebá (56m), Betinho (77m), Iuri Medeiros (83m).

Disciplina: cartão amarelo a Ricardo Esgaio (43m), Sebá (43m), João Pedro (43m), Yan Zihao (71 e 90m). Cartão vermelho a Yan Zihao (90m).

Resultado final: 3-3 (6-7, g.p).