Faouzi deixou a sua marca

O marroquino foi extra. Seria a principal dor de cabeça para a defesa da Académica. Entrou bem na mecânica do jogo. Esteve, ainda, no lance do único golo da 1ª mão da meia-final. Toque simples e objectivo na frente de Peiser. Mostrou-se simplesmente letal e desferiu o golpe nas pretensões do adversário. Aplicou um remate mais certeiro do que os demais companheiros.

Atacante na hora de revelar as intenções ousadas da formação e quando a equipa começava a manifestar ansiedade. Entrou na 2.ª parte e fez por merecer os aplausos. O ataque contou com um predador e foi uma das melhores alternativas à falta de inspiração ofensiva.

Peiser evitou maiores contratempos

Equipa em boas mãos, indicações seguras entre os postes por oposição a alguns erros defensivos à entrada da área e ao comando de jogo do V. Guimarães. Uma exibição, tremendamente, positiva. Teve ainda de mostrar atenção redobrada quando Hélder Cabral quase marcava na própria baliza e negou o golo a Rui Miguel. O remate forte e colocado não iludiu o guarda-redes da Briosa. Aguentou-se até 80 minutos, quando Faouzi conseguiu iludir o número um.

Hélder Cabral bem a defender e a atacar

É um jogador que fortalece o colectivo, apesar de bons apontamentos individuais. Hoje, contudo, isso foi ainda mais visível. Um único instante poderia manchar a exibição quando quase marcou na própria baliza na 2.ª parte. Viveu bem a noite no regresso a Guimarães. Teve diversas acções importantes na coesão da equipa, conferindo solidez e identidade a um conjunto, teoricamente, mais exposto. Nunca se escondeu nos momentos essenciais, sinal de que estava disposto a prolongar o 0-0. Uma boa excepção acima do resultado.

João Alves, futebol de trás para a frente

Mentor das melhores ideias do jogo, João Alves fora uma ameaça tripla: a jogar com perícia, a combinar e a agigantar a equipa. Esteve na origem dos melhores lances de perigo para a baliza de Peiser. Bem na intermediária a recuperar bolas e a soltar o jogo. Percebeu-se na determinação e precisão que acompanhava cada jogada. Fonte de inspiração do ataque vitoriano pelas decisões reveladas na proximidade da baliza e capacidade de remate. O capitão esteve perto do golo em duas ocasiões, mas o guarda-redes contrário não permitiu os festejos. Estragou uma boa exibição quando viu o 2.º amarelo na por falta sobre Diogo Valente.

Bischoff, uma noite a preto e branco

Convenceu-se a seguir o caminho errado. A entrada duríssima ao joelho de Cléber valeu-lhe o cartão vermelho no final da 1.ª parte. Deixou a equipa inferiorizada e transformou-se na pior dor de cabeça. Esqueceu os riscos de uma entrada arrepiante nas barbas do árbitro, colocando em risco a integridade física do adversário, que teve de abandonar o relvado pouco depois. O francês da contribuiu para a perda de desempenho da Académica, ainda que a equipa tenha mantido rigor defensivo.