O Estoril está nas meias-finais da Taça de Portugal, mais de 70 anos depois. 
 
A equipa canarinha, que chegou à final em 1943/1944 [com o Benfica], não passando os quartos de final depois disso, venceu a Académica por 2-1. Agora espera pelo jogo entre o Benfica e o Leixões para saber quem é o adversário que se segue.
 
Já a Académica caiu, assim, nos quartos de final, após deixar pelo caminho duas equipas da Liga, Belenenses e Feirense, e depois de ter ultrapassado também o Gouveia e o Penafiel. 
 
Esta terça-feira na Amoreira, também merecia mais e, pelo menos, o prolongamento.
 
Bateu-se de igual para igual com o Estoril e mostrou que pouco é o que separa as duas equipas. Bom jogo da Briosa, que até dominou a partida em vários momentos. Valeu ao Estoril os golos de Alisson e Kléber, enquanto Traquina fez sonhar a Académica.
 
Fez sonhar, mas também foi ele quem, antes disso, deixou que Mattheus lhe roubasse a bola para Alisson fazer o 1-0, aos 31 minutos, numa altura em que a Académica dominava a partida e já podia ter marcado. Ainda assim, não mancha de todo uma boa exibição na Amoreira. Nem dele, nem da Briosa.
 
O certo é que a Académica e Kaká foram infelizes, sobretudo ao cair da primeira parte, quando no frente a frente com Luís Ribeiro, o médio permitiu a defesa do guarda-redes do Estoril.
 
 
Assim, à Académica tocou-lhe procurar o empate na segunda metade e conseguiu-o mesmo aos 56 minutos. Cruzamento de Marinho pela esquerda e Traquina ao segundo poste a marcar, resolvendo o erro da primeira metade.
 
Com o 1-1 no marcador, a Académica apertou ainda mais o Estoril e foi procurando o golo da reviravolta. Mas quem não marca sofre e a experiência também conta. Isso e ter Kléber no banco.
 
O avançado não estava em condições para jogar mais de 15 minutos, como disse Pedro Gómez Carmona na antevisão, mas só esse tempo bastou-lhe. Entrou aos 75 minutos e aos 85, quando já se pensava no prolongamento, fez o 2-1.
 
Festa canarinha nas bancadas até ao final do jogo e o orgulho da Briosa também bem vincado, logo após o árbitro Rui Costa dar a partida por terminada. 
 
A equipa da II Liga caiu na Taça de Portugal, falhou a oportunidade de continuar a sonhar com o Jamor e com o terceiro troféu, mas contou com um apoio incrível nas bancadas. 14 autocarros fizeram Coimbra-Lisboa e os estudantes, vestidos a rigor, cantaram do início ao fim do jogo e ajudaram a que a Académica caísse de pé.
 
Foi bom vê-la de novo nestes palcos.