*Por Daniel Dantas

FIGURA: Brahimi

Após substituir Hernâni, o internacional argelino trouxe consigo toda a criatividade de que o FC Porto necessitou ao longo do primeiro período, rompeu a defensiva do Portimonense com mestria e não tremeu no cara-a-cara com o guardião Carlos Henriques no momento do tento vitorioso.

MOMENTO: Minuto 90+6. golo de Brahimi

No último suspiro do encontro, o internacional capturou uma bola vadia em território perigoso e materializou o golo que deu o triunfo aos dragões e carimbou o passaporte para os oitavos de final da prova rainha.

OUTROS DESTAQUES:

Shoya Nakajiima – Irrequietude e rebeldia em doses industriais. Demonstrou, uma vez mais, excelentes pormenores técnicos, contemporizou bem, realizou interceções em zonas incomuns e rematou sempre que dispôs de oportunidades privilegiadas para tal.

Danilo – O médio defensivo dos azuis e brancos apontou um golo, recuou determinantemente para terrenos mais recuados para executar a primeira fase de construção e protagonizou incursões ofensivas notáveis. A consistência de confere ao setor intermédio do terreno é impressionante.

Alex Telles – Marcou o canto para o primeiro golo e, quando o FC Porto estava com a corda na garganta, assistiu primorosamente Aboubakar para o tento do empate. Duas assistências, uma a começar, outra a acabar a partida.

Pedro Sá – Autor de um poderoso remate fora da área que possibilitou a cambalhota no marcador (1-2), o médio equilibrou defensivamente a formação algarvia e executou faltas cirúrgicas em arrancadas que ameaçariam a baliza de Carlos Henriques.

Aboubakar – Não foi capaz de encontrar o caminho do golo na quase totalidade da partida, mas, num lance em que ficou isolado, acionou o instinto matador e rematou para o golo que repôs a igualdade no marcador.

Wellington – Entendeu-se bem com Hackman, que o apoiou constantemente no flanco direito, e marcou o primeiro tento do Portimonense. Porém, na segunda metade, não atingiu o nível exibicional dos 45 minutos iniciais.

Casillas – Este encontro assinalou o regresso do guardião espanhol à baliza do FC Porto, algo que não acontecia desde o primeiro dia de outubro, aquando do empate na visita ao Sporting. Não conseguiu mantê-la inviolável e poderia ter feito melhor figura no primeiro golo da equipa visitante.

Hernâni – Altamente desinspirado e previsível, nunca conseguiu importunar a barreira defensiva da formação orientada por Vítor Oliveira e, com naturalidade, acabou substituído poucos minutos depois do início da segunda parte.