Declarações de José Vala, treinador do Caldas, na sala de imprensa do Estádio do Desportivo das Aves, depois da derrota (1-0) diante do Desp. Aves na 1ª mão das meias-finais:

«As probabilidades continuam a ser reduzidas e o Aves continua a ser favorito. Mas perdendo 1-0, na Mata continuamos a acreditar, as possibilidades não aumentam, mas estamos vivos. Demos uma excelente imagem do Campeonato de Portugal. Recebi muitas felicitações de colegas, e o Caldas está aqui a representar essa competição. Demos uma excelente imagem do Campeonato de Portugal».

«Considero o resultado justo, o Aves teve mais bola e mais oportunidades. A forma como chegou ao resultado já merece outra interpretação, mas não vou discutir isso. De qualquer forma, estamos a falar de armas diferentes. Se formos a por os pratos na balança, acho que equilibrámos mais do que o que se pensava».

«Estamos a viver um sonho, um conto de fadas, o que quiserem chamar. Transcendemo-nos, mas só se consegue fazer o que estamos a fazer havendo condições para o fazer. Não quero massacrar, mas chegámos às Caldas às 2h de domingo para segunda e eu e mais de metade do plantel fomos trabalhar às 7horas e à noite estávamos a treinar. Não fizemos um único treino para preparar o jogo do Aves. Isto é uma realidade muito difícil. Ninguém tem culpa que o Caldas tenha chegado a esta fase. Jogar à quarta-feira para uma equipa como nós é muito difícil».

[Acreditam num resultado positivo em casa?] «Temos o nosso lema, que é ninguém passa na Mata. Foi ficando. De facto, na Mata somos mais fortes. Nos outros jogos foi este público que nos ajudou a chegar aos objetivos. Vamos fazer com que este lema seja uma realidade. O meu receio era não conseguir um resultado que nos deixasse vivos, e na Mata vai ser um mini Jamor. Se juntarmos à festa a chegada ao Jamor será um sonho, mas nem consigo imaginar».

[Ainda há férias para pedir para o próximo jogo?] «Os das Caldas vamos ver, penso que sim. A Câmara Municipal está connosco, muito envolvida. Os de fora, temos gente de Torres Vedras, aí será mais difícil. Eu mesmo, sou professor, e não posso pedir férias, há regras. Mas, se o meu diretor estiver a ouvir já sabe que vou precisar».