O Desportivo de Chaves está fora da Taça de Portugal!

A equipa flaviense perdeu em casa do Canelas, nos penáltis, após um nulo no marcador, e juntou-se a Rio Ave e Farense no lote de equipas da Liga eliminadas da prova da rainha.

Esta competição, de resto, não parece ser feita à medida dos transmontanos, que caem na terceira eliminatória pela quarta época consecutiva. Mas honra seja feita ao Canelas, equipa da Liga 3 que encarou o verdadeiro espírito da Taça e não se pode dizer que não tenha merecido a festa deste domingo.

FILME DO JOGO

Moreno, que não sabia o que era perder desde que assumiu a equipa, não teve receio em mexer no onze, rodou o guarda-redes, promoveu a estreia de Carraça, desfez a dupla de meio-campo e ainda trocou o lateral-esquerdo, além de retirar Paulo Victor para fazer entrar Benny.

Já Pedro Lomba, fez menos mexidas, mas também mexeu na baliza e no meio-campo.

A equipa da casa mostrou que tinha a lição bem estudada e fez uso das suas principais armas. Assim que recuperava a bola, optava por processos simples para a colocar nos jogadores da frente, que aceleravam e rapidamente conseguiam chegar ao último terço.

O Chaves dominava em termos de posse de bola, mas esta era algo estéril, já que resultou em pouco perigo junto à baliza do Canelas. Curiosamente, as melhores oportunidades pertenceram, no primeiro tempo, à equipa da Liga 3.

A mais flagrante aconteceu por volta do meio da primeira parte, quando Tank apareceu isolado e, à saída de Rodrigo Moura, aplicou um chapéu. A bola foi devagar, devagarinho, a caminho da baliza, mas saiu a centímetros do ferro, numa altura em que já havia quem gritasse golo.

O ritmo caiu bastante na segunda parte. Moreno não fez qualquer mexida após a recolha aos balneários, pese o nulo no marcador, e a equipa apresentou poucas ideias no capítulo ofensivo.

O Canelas, por sua vez, focou-se na organização defensiva e evidenciou dificuldades em sair para o ataque rápido – como fez na primeira parte – muito por culpa do desgaste físico que os jogadores da frente apresentaram, sobretudo Tank e Tigrão. Luan e Chico Sousa também foram perdendo fulgor.

Talvez por isso, o jogo entrou numa toada mais física e apelou ao espírito combativo dos jogadores.

Moreno ainda tentou elevar a produtividade da equipa com a entrada dos jogadores mais rotinados e com energia renovada na frente de ataque, mas de pouco valeu e o prolongamento chegou com naturalidade.

Aí, o Desp. Chaves procurou fazer valer os pergaminhos de equipa da Liga, continuou a controlar ao nível da posse de bola, mas teve pela frente uma equipa aguerrida, compacta e no limite do esforço físico.

De resto, a única oportunidade surgiu já aos 109 minutos, quando Hector Hernández fez algo que não costuma fazer: falhar um cabeceamento em zona privilegiada.

Nos penáltis, não houve desgaste que impedisse o Canelas de festejar. Pedro Pinho foi o único jogador a falhar, mas os homens da casa não desperdiçaram qualquer dos remates.