O Rio Ave está no quartos de final da Taça de Portugal, depois de vencer, com alguma sorte e em serviços mínimos, o Chaves, por 2-0.
 
A equipa de Vila do Conde qualificou-se com um golo de Esmael, o mesmo que garantira aos rioavistas à passagem à fase de grupos da Liga Europa com o golo nos descontos ao Elfsborg, e ainda de Ukra, o melhor em campo.
 
Foi um jogo sem grande espetáculo, mas mais equilibrado do que muitos esperariam.
 
Mesmo com um onze com muitos titulares habituais, não se viu o melhor Rio Ave. A equipa de Pedro Martins assumiu o modo «poupança» e podia ter-se dado muito mal com isso. 

Com exceção das tentativas de Ukra, o Rio Ave pouco ou quase nenhum perigo conseguiu criar na primeira meia hora. O jogo foi-se desenrolando a ritmo lento e sem grandes motivos de interesse.

Com o passar do tempo, o Chaves foi perdendo a vergonha e ganhou confiança. Os contra-ataques eram cada vez mais e João Mário, da esquerda, foi aproveitando a intranquilidade de Lionn para aparecer com perigo em três situações.

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O 0-0 prosseguia e o intervalo aproximava-se. Lionn, destravado, reagiu a amarelo por protestos com protestos ainda maiores: levou vermelho (direto) e parecia ter posto a sua equipa em risco.

Nada disso: logo a seguir, Esmael, a responder a boa jogada de Diego Lopes pela esquerda, fez o 1-0, no último lance da primeira parte.

Chaves tenta, tenta, tenta... mas não vai lá 

A segunda parte jogou-se, então, com dados curiosos: o Rio Ave, mais cotado, a jogar em casa e a ganhar, mas... com menos um; o Chaves, teoricamente mais fraco, a perder, mas em superioridade numérica.

Os flavienses acreditaram que podiam, pelo menos, chegar ao prolongamento e criaram ocasiões suficientes para fazer o 1-1.

Mas a bola, caprichosamente, não entrava na baliza de Ederson, apesar das situações de aflição para os vila-condenses.

Os penáltis

Estava o Rio Ave a gerir o 1-0 como podia quando Ukra, em lance rápido, saca bem o penálti (João Mário foi ingénuo, o lance ia perder-se). O mesmo Ukra bate bem a penalidade: 2-0.

Pouco depois, o Chaves podia ter feito o 2-1, mas João Vieira bateu o penálti denunciado e Ederson foi lá buscar a bola.

O 2-0 foi enganador: o Chaves sonhou com o prolongamento e esteve perto de o conseguir.


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